“A CPMF é um dos piores impostos que existem, é perverso, pois atinge inclusive a população mais pobre, hoje em dia praticamente todo mundo precisa usar de serviços bancários”, disse. Apesar das críticas, em 2007, o então deputado defendeu que o tributo vigorasse até 2011. A proposta, aprovada na Câmara com voto de Eunício, terminou rejeitada pelo Senado.
Em entrevista ao O POVO, Eunício afirmou que situação de 2007 era “completamente diferente” da atual. O peemedebista diz que, na época, o que se votava era apenas a “prorrogação” de uma contribuição já existente, e não a criação de um novo tributo – como é hoje defendido por grupo de governadores.
“Além disso, eu só votei favoravelmente após fazer acordo com o (então) presidente Lula, que garantiu que o dinheiro ia ser usado totalmente para a saúde, o que antes não acontecia. Votei pela prorrogação e não pela criação, são duas coisas muito diferentes”.
Articulação nacional
Proposta pela volta da CPMF tem sido articulada por governadores do PT no Nordeste, incluindo Camilo Santana (PT), adversário de Eunício na disputa deste ano. A ação foi apresentada por petistas à Dilma Rousseff (PT) na última semana, recebendo aval da presidente.
Eunício diz que, enquanto ele for líder do PMDB no Senado, a população “pode ficar tranquila” que “não haverá” volta do tributo. Ele destaca projeto aprovado este ano pelo Senado que amplia de 12,7% para 15% percentual de recursos à Saúde. “somos contra ampliar carga tributária. Ainda mais em um ano de arocho”.
Tributo que vigorou em 1994 e, depois, de 1997 a 2007, a CPMF era cobrada automaticamente sobre quaisquer transações bancárias. Após sucessivas prorrogações, a contribuição deixou de ser cobrada em 2007, após a proposta de mais uma renovação não obter os votos necessários no Senado. O POVO
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