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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DISPUTA PELO APOIO DE MARINA CRESCE,MAS TRANSFERÊNCIA DE VOTOS É DÚVIDA

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, outubro 08, 2014   Sem Comentários

Um pacote de 22 milhões de votos que, no primeiro turno, foram dados à ex-candidata à Presidência Marina Silva (PSB) tem arregalado os olhos de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), e motivado intensa disputa pelo apoio formal da coligação “marineira”. 

A cúpula do PT assiste, quase conformada, à aproximação de Marina com Aécio, mas aposta nas dissidências do PSB nos estados para neutralizar possível prejuízo. Enquanto isso, os tucanos investem ostensivamente na aliança, que poderá ser anunciada amanhã.

Ontem, o presidente do PSB do Ceará, Sérgio Novais, esteve em Brasília para discutir a posição do Estado. Por aqui, 676,7 mil votos antes confiados à Marina poderão flutuar para Dilma ou Aécio. A definição da sigla sairá até o fim desta quarta-feira. 

O presidente do PPS no Ceará, Alexandre Pereira, também esteve na capital federal e participou da reunião que formalizou apoio a Aécio. 

Integrante da Rede Sustentabilidade no Estado, Ricardo Alcântara, disse acreditar em um “apoio programático” pró-tucano. “Existem muitos pontos convergentes nos programas. Acredita-se que não haverá dificuldade”, disse Alcântara.

Uma comitiva do PSB de Pernambuco – lugar onde 2,3 milhões de eleitores optaram por Marina – viajou ontem a São Paulo para se encontrar com a ex-candidata e estudar os termos para a possível aliança. 

Mas outra parte do PSB já avisou que deverá ficar ao lado de Dilma, independentemente de qualquer acordo nacional. É o caso da Paraíba, onde PT está no palanque do governador e candidato à reeleição, Ricardo Coutinho (PSB), e do Amapá, onde o atual chefe do Executivo, Camilo Capiberibe (PSB), também conta com apoio dos petistas na briga pela reeleição.

Em outra frente, Aécio pode ser atrapalhado pelas cobranças de neutralidade neste segundo turno. A deputada e uma das coordenadoras da campanha de Marina, Luiza Erundina (PSB-SP), foi incisiva: “Nós não dissemos o tempo inteiro que queríamos mudança? Não propúnhamos o fim da polarização? Se nós apoiarmos um dos polos, não vamos justamente fortalecer um dos polos e, portanto, justamente a polarização que combatemos?”, disse ela.

Migração automática?

O capital eleitoral de Marina é uma das apostas de petistas e tucanos para avançar no segundo turno, mas, nos bastidores, aponta-se que dificilmente a migração dos votos dos “marineiros” ocorrerá em bloco para um só candidato, independentemente do apoio formal que a coligação de Marina venha a conceder.

“Podemos dizer, pelo resultado da eleição, que praticamente 55% do eleitorado está contra o governo. Daí à maioria dos votos de Marina ir para o Aécio é outra história. Boa parte do eleitor dela é o de esquerda, que estava insatisfeito com o PT, mas que não vota no PSDB”, avaliou Alexandre Pereira, que ontem esteve na capital federal para a reunião que definiu o apoio do PPS nacional à candidatura tucana.

Por outro lado, conforme explica o cientista político Milton Lahuerta, há uma parte dos brasileiros que optaram por Marina, sobretudo “da região sudeste para baixo”, com claro perfil anti-PT, com tendência a digitarem o número de Aécio no próximo dia 26. O grupo iria de encontro com queles que, apesar da insatisfação com o governo petista, poderão votar pragmaticamente em Dilma para impedir o avanço do PSDB. (com agências)

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