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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MUDA O CENÁRIO POLÍTICO; A ELEIÇÃO AGORA É OUTRA

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, setembro 03, 2014   Sem Comentários

O que a pesquisa O POVO/Datafolha mostra hoje é um cenário completamente diferente da sucessão estadual no Ceará.
 
Não que seja propriamente surpreendente. Camilo Santana (PT), candidato de um governo com bons índices de popularidade, largou muito atrás. Já Eunício Oliveira (PMDB) começou com enorme vantagem. 

O movimento mais previsível era mesmo a queda de Eunício e a subida de Camilo. Isso a coluna já dizia em 4 de julho, antes de a campanha começar. 

A incógnita era o tamanho em que isso ocorreria. E o impacto foi significativo. Não para sinalizar uma tendência inevitável da eleição. Mas, certamente, para apontar que a enorme diferença que havia se reduziu bastante. E que não há mais favoritismo claro. O segundo turno já é uma possibilidade.

A vantagem de Eunício era de 28 pontos percentuais na semana que antecedeu o início do horário eleitoral. Duas semanas de propaganda eletrônica depois, a diferença é de 10 pontos. São 18 pontos de diferença a menos.

E há outros indicadores positivos para Camilo. Sua rejeição caiu 10 pontos percentuais. Na pesquisa espontânea, já está tecnicamente empatado com Eunício: 19% do peemedebista contra 18% do petista. E é essa pesquisa que mostra o voto mais consolidado, o eleitor que já diz em quem pretende votar antes de ver a lista com nome dos candidatos.

Os números favoráveis indicam que Camilo seguirá em alta e vai ultrapassar Eunício? Impossível dizer agora. O que eles sinalizam é que o petista está competitivo na disputa. A incógnita é como a campanha irá se desenrolar de agora em diante.

Para Eunício, a boa notícia é que metade do crescimento do adversário não foi sobre seus votos. Camilo subiu muito, mas o peemedebista não caiu tanto. Caso mantenha a estabilidade, será mais difícil derrotá-lo.

Para onde vai a campanha

Como dito acima, o crescimento de Camilo era natural e previsível. Mas esse primeiro impulso era, também, o mais fácil. O ponto é: qual a margem para continuar a avançar? Seguirá no mesmo ritmo? Ele reduziu 18 pontos após duas semanas. Se continuar assim, tende fatalmente a ser eleito. Mas essa intensidade de crescimento dificilmente será mantida. Terá Camilo atingido seu teto ou seguirá avançando? São questões que as próximas pesquisas responderão.

O impacto simbólico

A situação de Eunício ainda é boa. Vantagem de 10 pontos percentuais sobre o candidato do governador não pode ser considerado resultado ruim. Todavia, o drama para ele está no impacto simbólico que podem ter as tendências somadas de queda dele com o crescimento de Camilo. 

Pode-se inverter a trajetória que vinha ocorrendo de prefeitos, deputados e aliados migrarem em direção ao peemedebista. No mínimo, deve ser relativamente estancada a sangria.

No Senado, um cenário que se mantém

Se a eleição para o Governo já é outra, para o Senado o cenário se mantém extremamente estabilizado. Claro, para comemoração de Tasso Jereissati (PSDB). Ele se manteve estável, e com oscilação positiva. Mauro Filho (Pros) subiu dois pontos. Pouco para quem está 34 atrás.

O voto para o Senado está entre os últimos que o eleitor define. Por isso, está sujeito a mais oscilações. Não só é possível como também provável que o efeito da subida de Camilo venha a favorecer Mauro em algum nível, em pesquisas futuras. São duas eleições raramente descoladas, mas cuja conexão nem sempre é imediata. Normalmente, os reflexos são tardios.

A questão é em que intensidade. Pois, Tasso sempre teve índices melhores que os de Eunício. Agora, o peemedebista cai, enquanto o tucano se sustenta. Para o governo, a situação da base de Cid Gomes (Pros) melhorou, mas ainda não é fácil. Para o Senado, há um cenário até promissor, mas a perspectiva ainda é extremamente difícil.

Numa comparação com a eleição de quatro anos atrás, na primeira pesquisa após o início do horário eleitoral, Tasso já vinha em queda, de sete pontos percentuais. 

Estava com 52% no fim de agosto. Seus adversários, Eunício e José Pimentel (PT), avançavam. Tinham 31% e 27%, respectivamente. Na única eleição que Tasso perdeu, a essa altura sua tendência era pior e a de seus oponentes, melhor.O POVO

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