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terça-feira, 19 de agosto de 2014

PRESIDENTE NACIONAL DO PT; "A CORRUPÇÃO AMPLIA A DESCRENÇA NO PAÍS"

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, agosto 19, 2014   Sem Comentários


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, admitiu que o partido cometeu erros que não deveria ao longo de sua história,
a exemplo do julgamento da Ação Penal 470, caso em que grandes lideranças foram condenadas por participar do esquema de compras de votos conhecido como Mensalão. 

Ponderando a respeito do afastamento de grande parcela da sociedade da política, ele atribuiu uma das razões aos escândalos de corrupção, mas defendeu que o PT segue um posicionamento rígido de combate ao mau uso do dinheiro público.

"Nós não tínhamos o direito de, porque todos faziam o caixa dois, o PT também fazer. Mas nós cortamos na carne", apontou Falcão, mencionando casos recentes de desfiliação do deputado federal André Vargas (sem partido-PR) por vínculos com o doleiro Alberto Yousseff e do deputado estadual Luiz Moura (sem partido-SP), expulso após acusação de envolvimento com a facção criminosa PCC. "Essa é a nossa diferença. No PT, quem errar, quem sair da linha, quem violar o programa, tem direito de defesa e, se culpado, paga", assegurou o dirigente.

Falcão reconheceu que o partido mudou desde sua criação, em 1980, quando surgiu a partir da união dos movimentos sindicalistas. "Nós mudamos no sentido de ter uma convivência mais ampla com os parceiros. O PT começou dizendo 'vote no 3, que o resto é burguês'

Hoje a gente tem uma compreensão que a sociedade brasileira é mais complexa", apontou, afirmando que o PT continua a ser o partido brasileiro de maior credibilidade no País apesar de escândalos como o Mensalão, ao mesmo tempo em que carrega a maior rejeição.

O presidente do partido que está há quase doze anos no poder reconhece que a sociedade tem expressado desejo de mudanças. "E nós queremos corresponder a essa aspiração. Tanto que adotamos como slogan da campanha 'mais mudanças, mais futuro'. Porque o Brasil mudou para melhor e há uma geração inteira que não tomou conhecimento do que era o País antes", apontou. 

Segundo Falcão, parte da campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) vai mostrar o que foi feito e que as mudanças podem ter continuidade na gestão petista.

Motivar

Questionado quanto à maneira de motivar a população a se envolver com as atividades políticas, Falcão apontou a necessidade de recuperar o valor da política em si. "Se é rejeição aos políticos, isso não pode se transformar em uma rejeição à política. Isso é ruim para a democracia", destacou. 

Atrair os jovens para a vida política e a assumir uma postura firme de combate à corrupção são duas medidas apontadas pelo presidente para revalorizar a atividade pública.

Em relação à campanha de reeleição de Dilma, o presidente avaliou que a maior dificuldade é o clima de pessimismo contra o governo. "Por exemplo, é notório que muita gente fez campanha contra a Copa. Não ia ter Copa, os estádios não iam ficar prontos. O que nós vimos foi uma organização excepcional", apontou. "Trata-se (agora) de mostrar para a população a situação real do País, algo que nós pretendemos fazer a partir da semana que vem, com o horário de rádio e televisão".

Quanto às intenções de voto, Falcão diz que a meta é manter o apoio no Nordeste e crescer mais no Sudeste. 

"A situação do Nordeste em relação à eleição passada é muito semelhante. Nós aqui tivemos em média 55% dos votos na eleição passada. O Serra teve 17%. No Sudeste, o Serra tinha 31%, ela teve 35%. Hoje, o Aécio tem 11% em média no Nordeste. Para ele atingir 17%, como atingiu o Serra, e tem que percorrer uma trajetória grande", destacou. 

"No Sudeste, a Dilma tem 31% e precisa crescer 4 pontos para alcançar o resultado da eleição passada".

A respeito da formação de alianças nos estados, o presidente apontou que, devido ao sistema político atual, várias formações foram elaboradas de acordo com a política local de cada estado. 

"Em alguns lugares, nós lançamos candidatura para ter palanque para a presidenta, é o caso do Espírito Santo. No Pará, nós estamos apoiando o PMDB, no Rio Grande do Norte, o PSD, em Pernambuco, o PTB. Nós fizemos alianças locais com os nossos parceiros. Onde não foi possível essa aliança, temos um pacto de convivência, como o caso limite do Rio de Janeiro", justificou.

Reforma política

Falcão defendeu a realização de uma reforma política determinando o fim do financiamento empresarial, maior participação popular e maior participação das mulheres na política. 

"Queremos listas partidárias para que haja uma identificação mais nítida entre os programas, os candidatos e a população, que vota e depois não lembra em quem votou, não há prestação de contas, não há participação", lamentou.

Ele lembrou ainda que o partido apoia a realização de um plebiscito na semana do feriado da Proclamação da República, de 1º a 7 de setembro, em defesa da elaboração de uma constituinte exclusiva sobre o sistema político do País. 

"Ele não tem validade legal, mas é um instrumento político de pressão legítima sobre os candidatos que pleiteiam ou a reeleição ou ainda o Congresso Nacional", apontou Falcão.

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