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quinta-feira, 12 de junho de 2014

" O GOVERNO NÃO TEM PORTAS ABERTAS AO DIÁLAGO"

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, junho 12, 2014   Sem Comentários

O ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, criticou o decreto do Governo Federal que estabelece a criação dos conselhos populares em órgãos federais, e afirmou que o povo não acredita na participação popular porque a administração da presidente Dilma Rousseff (PT) não dialoga com a sociedade. 

De acordo com o socialista, que classificou o governo Dilma como "fechado", é "estranho" que a União tenha aprovado a criação destes conselhos, faltando menos de quatro meses para as eleições de outubro.

"Não é estranho que, a quatro meses da eleição, saia um decreto tentando passar a ideia de participação da sociedade, num governo que tem pouca aptidão ao diálogo?", questionou Campos, em conversa com jornalistas, após sair de um encontro na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quinta-feira (12). 

"Na verdade, 12 anos é um prazo bastante longo para a gente ver que tem que aperfeiçoar a participação da sociedade, sobretudo num governo que desmonta os conselhos", acrescentou Campos, remetendo aos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao mandato da presidente Dilma.

Como exemplo, o socialista citou o Conselho Nacional de Política Energética. "Veja quantas vezes ele se reuniu", apontou o socialista. 

"Essa palavra e esse decreto não têm nada a ver com o que o governo pratica no dia a dia. É um governo fechado, que não tem as portas abertas para o diálogo", disparou Campos, voltando a afirmar que, desde 2010, o Brasil mudou para pior.

Após o decreto presidencial, a maioria do congresso se posicionou contra a criação dos conselhos. O movimento foi iniciado pela oposição, mas recebeu adesão de partidos governistas, a exemplo do partido do vice-presidente, Michel Temer, o PMDB. O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), chegou a apresentar um projeto para barrar o decreto da presidente, que classificou como "arbitrário e ditatorial".

Durante o encontro com os bispos da CNBB, Campos conversou sobre diversos temas, como a reforma agrária, o saneamento básico e a reforma política. De acordo com o gestor, a CNBB tem "uma grande preocupação em melhorar o padrão político do Brasil". Apesar de Campos ter declarado publicamente ser contra o aborto, o assunto não esteve presente na pauta da reunião.

Ao ser questionado sobre os palanques estaduais, o presidenciável afirmou que o apoio do PSB de São Paulo ainda está sendo negociado. O assunto tem sido motivo de cizânia entre Campos e a ex-ministra Marina Silva, vice na chapa socialista. 

Enquanto o PSB defende o apoio ao projeto de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Marina e os membros da Rede Sustentabilidade defendem uma candidatura própria. A decisão definitiva, segundo o socialista, só deve sair com a convenção do partido, no próximo dia 21. No Rio de Janeiro, o PSB deve manter o apoio ao candidato do PROS, Miro Teixeira.

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