Na convenção do aliado PDT ontem, a presidente Dilma Rousseff fez um dos discursos mais veementes contra seus principais adversários na disputa ao Palácio do Planalto. Sem mencionar os nomes do senador tucano Aécio Neves (MG) e do ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PE), ela classificou as tentativas de remodelar o Bolsa Família e o Mais Médicos de “oportunismo do mais deslavado nível”.
“O povo do ‘não vai dar certo’ ele geralmente faz o seguinte: quando a gente lança o programa, eles falam: ‘não vai dar certo’. Aí nós fazemos o programa e eles falam: ‘não vai dar certo, isso é um absurdo, esse programa não vale’. Agora sabe o que eles estão fazendo, Lupi? Eles estão dizendo: ‘o programa não é monopólio de ninguém, o programa pode ser usado por nós’. Obviamente, não deixa de ser um raciocínio. Agora, mostra um oportunismo do mais deslavado nível”, disse Dilma.A presidente se referiu à proposta de Aécio, aprovada há duas semanas na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que mantém o pagamento do Bolsa Família por seis meses para chefes de família que ultrapassarem a faixa de renda prevista pelo programa. Caso entre em vigor, as novas regras passarão a valer para os casos em que o beneficiário conquistar emprego com carteira assinada.
Segundo o governo, entretanto, a regra de permanência existe desde 2008. Até abril, 1,3 milhão de famílias com renda superior a R$ 140 per capita usaram essa proteção. Delas, 936 mil recebiam o benefício extra há mais de seis meses.
Em seu discurso nesta terça, Dilma também alfinetou o ex-aliado Campos e desqualificou, sem atribuir a ele, declaração de que ele manteria o programa Mais Médicos -uma das principais vitrines da gestão petista. Das agências
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