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domingo, 15 de junho de 2014

A PÁTRIA ESTÁ DE CHUTEIRAS EM 2014??

Por ipuemfoco   Postado  domingo, junho 15, 2014   Sem Comentários

Após 64 anos, a Copa do Mundo retorna ao Brasil. Porém, não sem gerar controvérsias. De um lado, entusiastas que defendem os benefícios gerados pela competição, principalmente no que diz respeito ao dito “legado da Copa”. 

Do outro, os críticos dos gastos públicos não previstos em estádios, do não cumprimento dos prazos das obras e dos prejuízos socioambientais causados pelo megaevento.

No meio desta briga de torcidas, fica a pergunta: afinal, a Copa do Mundo tem o poder de influenciar o resultado das eleições presidenciais? Segundo historiadores e consultores políticos entrevistados pelo O POVO, a vitória ou derrota da seleção brasileira pouco influencia o processo eleitoral.

Airton de Farias, historiador e autor do livro ‘’Uma História das Copas do Mundo – futebol e sociedade’’, defende que a vitória do Brasil pouco influenciaria as chances de sucesso do governo federal nas eleições. 

Porém, uma derrota poderia somar a frustração criada por ela à revolta com os gastos e atrasos relacionados às obras de infraestrutura do evento. É o mesmo sentido do entendimento de Carlos Borenstein, consultor político, para quem uma eventual derrota precoce da seleção poderia mudar o foco dos torcedores do desempenho do time para os problemas relacionados à Copa. 

Para ambos, entretanto, a derrota não exerceria um papel decisivo no pleito, podendo atuar mais como uma catalisadora.

“Querer que o Brasil ganhe não significa apoiar a Dilma. O campo do lúdico, do emocional, possui uma certa autonomia”, afirma Luiz Carlos Ribeiro, historiador e organizador do livro “Futebol e globalização”. 

Para ele, as críticas levantadas pelas manifestações que ocorrem desde junho do ano passado estão direcionadas a toda a classe política, sendo difícil mensurar que partidos lucrariam politicamente com o resultado da Copa.


Batalha midiática

É consenso entre os estudiosos que a demora do governo federal em responder às críticas feitas à realização do Mundial e em buscar o diálogo com a sociedade gerou impactos muito negativos. 

Boa parte da imprensa estrangeira e setores da mídia nacional vem dando grande destaque aos problemas da Copa (mortes de operários nas obras de estádios; gastos públicos não previstos; atrasos nas obras de infraestrutura; segurança pública ineficiente; protestos contra o evento) sem que o governo dê uma resposta à altura.

“O governo está perdendo a batalha da publicidade. Em termos internacionais, principalmente na Europa e Estados Unidos, a imagem do País está queimada. Ninguém fala do futebol, mas dos problemas do Brasil. Mesmo que não ocorram grandes perturbações durante o torneio, o que nós havíamos acumulado de imagem positiva na última década foi agora fortemente abalado”, destaca Airton de Farias.


Para Borenstein, ainda há tempo para o governo tentar reverter a opinião pública negativa. “Embora tardiamente, ele está adotando agora medidas corretas para vender o legado em obras de infraestrutura”.

Sobre a relação entre Copa do Mundo e eleições, portanto, será mais importante o desenrolar dos acontecimentos nos meses vindouros que antecedem o pleito do que a vitória da seleção brasileira na competição.

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