AÉCIO NEVES; GOVERNO PREPARA A CPI DA VINGANÇA

Presidenciável tucano nega que pedido de criação da CPI da Petrobras pela oposição seja jogo político por causa das eleições; "A minha biografia é a principal resposta. Não sou semelhante ao PT. 

Eu pedi a criação da CPI da Petrobras não como desgaste [do governo], mas como debate", afirmou; e critica a atitude dos governistas que articulam agora para instalar uma investigação sobre o cartel do metrô, que envolve os tucanos; 

"É uma CPI da vingança", diz Aécio Neves, que voltou a colocar seu apoio à disposição; "Cartel ocorre em todos os lugares do mundo, e deve ser investigado", disse; "Contem com a minha assinatura"

247 – A busca por apoio no Congresso, pelo PT, para a criação de uma CPI que investigue o cartel do metrô em São Paulo, que envolve governos tucanos, e o Porto de Suape, em Pernambuco, cujo alvo é o PSB de Eduardo Campos, "é uma CPI da vingança", na opinião do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

"Não temo investigação", disse, no entanto, o parlamentar, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, na noite deste domingo 27. "Cartel ocorre em todos os lugares do mundo, e deve ser investigado. Se tiver algo do PSDB, que seja punido", acrescentou o político aos jornalistas.

Aécio negou que a intenção da oposição em pedir a criação de uma CPI para investigar denúncias contra a Petrobras seja jogo político. 

"A minha biografia é a principal resposta. Eu não sou semelhante ao PT. Eu pedi a criação da CPI da Petrobras não como desgaste [do governo], mas como debate da sociedade", disse.

O tucano reforçou que não é "parecido com nenhum desses políticos do PT que estão assaltando o Brasil" e ressaltou que existe uma "distinção enorme" entre o caso Alstom, durante governos paulistas do PSDB, e casos de corrupção do PT. "Eu não acho que é da mesma maneira. Não pode ser", afirmou.

O pré-candidato a presidente voltou a dizer que coloca sua assinatura à disposição para a criação de uma CPI do Metrô. Em entrevista ao 247 na última semana, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, afirmou que o apoio de Aécio será cobrado (relembre aqui).

"Eu disse no momento do debate: contem com a minha assinatura, para que se investigue quaisquer outras questões que se achem necessárias. Eu não temo qualquer investigação", declarou Aécio na entrevista. "Eu já disse inúmeras vezes que se instale essa CPI, que investigue [o caso do Metrô]", acrescentou.