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segunda-feira, 31 de março de 2014

MAU TEMPO PAIRA SOBRE O GABINETE DE DILMA

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, março 31, 2014   Sem Comentários


              
Tem um parlamentar que poderá ser decisivo para que a semana comece mais amarga para a chefe de governo. O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, homem forte na executiva nacional e burocracia do partido, vai ter que esgrimar suas convicções para medir seu futuro como homem público: sobre o que é melhor para o PMDB, para ele, pessoalmente, ou para o país.

Oliveira não tem o mesmo perfil de “Meu Malvado Preferido”, como se alcunha o líder do PMDB, na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), no Palácio do Planalto, porém seus movimentos serão decisivos para melhorar ou piorar o humor presidencial. Eunício Oliveira é o líder do bloco parlamentar da maioria no Senado Federal e será o responsável para indicar a maioria dos membros titulares e suplentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Atenções e mesuras

O líder do PMDB anda encantado com a forma como a presidenta Dilma o tratou e ao governador Cid Gomes (PROS) na recente viagem em que a chefe de Governo fez ao Ceará, na semana passada. No encontro, apurou a Política Real, e foi confirmado por Eunício Oliveira, Dilma fez questão de se derramar em atenções e mesuras aos dois, informando que era fundamental que os dois líderes se entendessem pois precisava muito de ambos para levar à frente o projeto de poder que ela conduz no Palácio do Planalto, num jogo explícito de mensagens cifradas em que rogava pelo entendimento no processo de sucessão ao Governo do Ceará.

Eunício Oliveira tem o projeto de ser governador do Ceará, mas está de frente com os interesses do PMDB e do próprio país neste momento crucial para o futuro da economia do Brasil, seja com este ou com qualquer outro governo que assuma a República em primeiro de janeiro de 2015.

Eunício Oliveira, a despeito de sua tradição como empreendedor arguto, ágil e de grande senso de oportunismo, desde que passou pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça do Senado(CCJ), ganhou o verniz mais profundo, se assim se pode dizer, de um homem público responsável frente a um novo momento histórico do país ─ enfim, oportunismo, sua marca, tem limites frente aos interesses maiores.

Composição da CPI

O líder do PMDB, quando questionado sobre o que fará nas indicações para compor a CPI, brinca dizendo que pode indicar qualquer um dos membros do bloco da maioria. “Eles são todos senadores, ou não são?!”, respondeu, perguntando quando questionado se poderia indicar alguns dos membros do PMDB, como Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ou Roberto Requião (PMDB-PR), ou que assinaram a criação da comissão ou que são reconhecidamente críticos do governo.

Em tese, o governo tem tudo para ter ampla maioria na CPI ─ ficando com nove dos 11 membros titulares, em igual proporção entre os 11 suplentes. A CPI, regimentalmente, terá 22 membros. O PROS governista ou o Solidariedade (SDD) oposicionista, os novos partidos com assento no Senado, poderão ter um de seus membros na CPI. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, será decisivo. Se ele preferir o PROS ao SDD dará mais um voto de apoio ao Governo na investigação, se preferir o SDD seria o inverso, a oposição ganharia mais peso.

Eunício Oliveira e Calheiros, com suas decisões, poderão permitir que a oposição tenha até 4 membros contra 7 do governo na composição da CPI.

Indicações

A postura de Eunício Oliveira será decisiva em vários momentos, e se depreende das ações de Renan Calheiros, para a articulação do governo.

Eunício Oliveira terá pela frente uma série de indicações fundamentais na arrumação dos interesses no Congresso Nacional e no governo. Ele irá indicar os membros na “CPI do Transporte Público”, que está para ser instalada, o relator do Orçamento da União, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) além de diversas relatorias setoriais do Orçamento da União. Isso será capital não só para os interesses do PMDB mas, e principalmente, do governo.

Pelo jeito, a presidenta Dilma terá muito a ganhar e perder com os movimentos do líder do PMDB, mas será que seu humor será o mesmo após os próximos dias em que a sucessão do Ceará se afunilará? Boa pergunta. Nos resta aguardar.(GAJr é coordenador editor da Política Real)

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