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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

CANDIDATO DE CID GOMES; VICE-GOVERNADOR DOMINGOS FILHO, "O SENHOR DO SEU SILÊNCIO"

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, fevereiro 18, 2014   Sem Comentários

                       
O vice-governador do Ceará, Domingos Filho (PROS), admitiu, neste final de semana, em entrevista ao programa Sábado Show, da Rádio Verdes Mares, que a construção da chapa majoritária da coligação governista não será nada fácil. 

Para ele, fechar a equação eleitoral do Estado exige esforços, sobretudo do PT, que tem defendido o projeto nacional que está em marcha como prioridade.

“Nós teremos essas discussões que são preliminares ao pleito: falo de formação da formação das composições, duas dificuldades e facilidades. Agora, ao meu ver, isso só vai se desenhar lá para junho, que é o prazo que a própria legislação define para realização das convenções, entre o 10 e o 30 de junho”, avalia.

As “dificuldades” que sustentam o discurso do vice-governador, que é também pré-candidato assumido à sucessão estadual, se pautam na carência de uma legislação “madura e perene” com relação a normatização das eleições e na proximidade do pleiteante com o poder ou status que a vaga aberta oferece.

“O quanto mais próximo o cidadão é do poder a ser disputado, do cargo a ser disputado, mas complexas são as composições. Por isso que se têm conflitos, as intervenções”, dispara, fazendo referência ao voraz apetite dos partidos e personagens políticos que encaram o jogo eleitoral. 

A queda da chamada verticalização, processo político que obrigava os estados a reproduzir as mesmas alianças partidárias que tiverem feito na eleição presidencial, também é vista por Domingos como um complicador dessas composições.

TRÊS PALANQUES

Nesse cenário de indefinições, o ex-peemedebista prefere não se precipitar e, esquivo, admite, sem admitir, a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff ter no Ceará três palanques: um do candidato do governador Cid Gomes (PROS ); outro para a candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB); e, para completar, um palanque de candidato próprio do PT.

“A política não tem fronteiras. Embora, eu acredite que o PT vai priorizar a eleição nacional. O que implica na presença do direto nacional em todo o diálogo com a base do partido no Ceará”, pondera. 

Lembrando, ainda, que do ponto de vista das eleições internas do partido, a maioria petista advoga para reproduzir na eleição estadual a aliança nacional com PMDB e PROS . 

“É legitimo que todos os partidos que sustentam esses governos - Dilma e Cid - tenham o direito de colocar para análise da coligação os seus quadros. Mas, vale lembrar, cada partido só poderá indicar um candidato”. 

SEM VAGA

O recado de Domingos Filho tem alvo certo: Luizianne Lins. A ex-prefeita de Fortaleza e ex-presidente regional do PT lançou nessa sexta- feira, 14, seu nome ao governo, contrariando a decisão nacional do partido de indicar, no Ceará, o nome do candidato ao Senado na chapa majoritária.

Para o vice-governador, Luizianne é uma liderança expressiva que está buscando apoio para seu projeto eleitoral dentro do PT. 


“Embora o partido já tenha deliberado nas eleições internas os rumos que irá tomar em 2014, tem que respeitar”, disse, lembrando ainda que este ano não haverá espaço para sublegenda. 

“O número de vagas já está estabelecida e o governador tem procurado manter essa composição coesa”.

JÁ EUNÍCIO

Hoje, Domingos Filho é filiado ao PROS e conta com o apoio majoritário do PT para ser ungido por Cid Gomes candidato ao Abolição. Caciques petistas creem que apenas o vice-governador teria “discurso” para encarar a disputa com o senador Eunício, além de ter “bagagem” política e fácil penetração em todas as instâncias partidárias.

No entanto, Domingos é egresso do PMDB e mantém, até hoje, relação estreita com quadros do partido, principalmente o senador Eunício, seu virtual adversário. 

Franco, assume ter deixado o partido para ter direito a disputar o Abolição, uma vez que seu antigo partido já havia batido martelo sobre sua candidatura ao pleito. 

“Eu sou um vice-governador escolhido pelo governador Cid. Não fui para chapa como uma cota do PMDB. Ao contrário, a participação do PMDB no processo foi a indicação de Eunício ao Senado. Portanto, meu caminho natural era seguir o PROS ”, declara, reafirmando a relação de lealdade com Cid Gomes.

PLANO B

Em campanha, Domingos não faz planos alternativos. Quer ser o candidato de Cid à sucessão, mas, sem arrogância, afirma: “Ninguém diz dessa água não beberei. Estou como um nome colocado para avaliação para o projeto majoritário e vou esperar o Cid, como grande maestro, chegar a um bom termo”.

Entre afirmar que não disputará vaga na Câmara dos Deputados, com risco de morder a língua no futuro, caso não seja ele o ungido do governador, Domingos Filho opta por ser “senhor do seu silêncio”.

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