MENSALÃO; JOÃO PAULO CUNHA PROMETE O DISCURSO DA VERDADE

Deputado do PT lançará ainda uma revista nesta quarta-feira 11 com sua versão sobre os fatos, sob o título "A verdade - Nada mais que a verdade sobre a Ação Penal 470", que será distribuída aos deputados pouco antes de seu discurso na tribuna; 

João Paulo Cunha, que era presidente da Câmara à época do 'mensalão', pretende expor as provas que, segundo ele, foram esquecidas pelo STF, e criticar a corte presidida por Joaquim Barbosa; por ter direito aos embargos infringentes, petista tem liberdade garantida até 2014; questionado se renunciaria, respondeu: "Eu? Se vou me defender, por que vou renunciar ao mandato?"

Com liberdade garantida até 2014, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) pretende iniciar uma ofensiva para se defender sobre o processo da Ação Penal 470. Ele lançará nesta quarta-feira 11 uma revista com o seu ponto de vista dos fatos e prepara, para o mesmo dia, um discurso no plenário da Câmara a fim de expor provas que, segundo ele, foram esquecidas pelo Supremo Tribunal Federal e de criticar a corte presidida por Joaquim Barbosa.

Cunha ainda tem direito aos embargos infringentes, que serão julgados apenas em 2014 pelo STF. Por isso não pensa, pelo menos no momento, em renunciar ao mandato de deputado, como fez seu companheiro no PT, também condenado na AP 470, José Genoino. "Eu? Se vou me defender, por que vou renunciar ao mandato?", respondeu João Paulo Cunha ao jornal O Globo, quando questionado se haveria essa possibilidade no discurso de amanhã.

Um convite foi distribuído nesta terça-feira a todos os deputados por e-mail e correspondência anunciando o discurso e o lançamento da publicação, intitulada "A verdade, nada mais que a verdade sobre a Ação Penal 470", que será distribuída no Congresso. 

O discurso deve ocorrer durante o expediente na Câmara e João Paulo Cunha terá direito a 25 minutos de explanação. O deputado federal foi condenado pelo STF a nove anos e quatro meses de prisão, que devem ser cumpridos em regime fechado.