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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

PMs ENTRAM EM CONFRONTOS COM MANIFESTANTES NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, outubro 07, 2013   Sem Comentários

                     Grupo atira coqueteis molotov contra a Câmara Municipal após protesto de professores no Centro do Rio Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
Após duas horas de protesto pacífico nas ruas do Centro, policiais militares e um grupo de manifestantes entraram em confronto, depois que encapuzados quebraram vidros de portas e janelas de prédios no entorno da Cinelândia. 

Um coquetel molotov foi lançado em direção à Câmara dos Vereadores. PMs usaram bombas de efeito moral para conter os vândalos. Por volta das 21h, um ônibus foi incendiado. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), o ato promovido pela categoria, iniciado às 18h, foi encerrado na região pouco antes das 20h.

Alguns manifestantes que participavam da passeata na Avenida Rio Branco passaram a jogar morteiros, tinta e coquetéis molotov na porta da Câmara dos Vereadores. Por algum tempo, a PM apenas observava a ação dos vândalos. 

Mascarados também atearam fogo em sacos de lixo. Bombas de gás lacrimogêneo começam a ser atiradas contra o grupo. 

Membros do Black Bloc passaram a atacar PMs que faziam o cordão de isolamento no entorno do prédio do QG da PM. Os policiais recuaram para dentro do prédio.


O presidente da Câmara, verador Jorge Felippe, não soube explicar porque não havia PMs quando a manifestação chegou à Cinelândia. Ele informou que pediu reforço ao comandante da polícia. Ele informou, ainda, que parte da Sala do Cerimonial foi incendiada, além do Gabinete Militar da Câmara. 

Segundo o vereador, o dano só não foi maior porque uma equipe já ficou dentro da casa equipada com mangueiras e extintores para apagar o fogo. Um caminhão do Corpo de Bombeiros foi à Cinelândia para apagar os focos de incêndio iniciados por manifestantes.

Sepe diz que passeata reuniu cem mil

Palco de mais um protesto nesta segunda-feira, o Centro do Rio teve ruas fechadas para a passeata de professores pela educação. No Facebook, mais de 82 mil pessoas confirmaram presença no ato. Por volta das 18h20m, havia cerca de 20 mil manifestantes na caminhada que saiu da Candelária em direção à Cinelândia. 

A coordenadora geral do sindicato, Ivonete Conceição da Silva, estimou em cem mil o número de participantes. Ela agradeceu o apoio e conclamou os manifestantes a seguir em passeata até os arredores da Assembleia Legislativa do Estado, onde um grupo de professores estava acampado. 

- Queremos agradecer a todos que foram solidários aos professores nesse momento. Mostramos que não nos rendemos.

A concentração foi marcada para as 17h, na Candelária. Às 16h30m, já havia cerca de 500 pessoas com cartazes no local, inclusive o protético Heron de Melo, que vestia a sua já conhecida fantasia de Batman. 

Nas redes sociais, manifestantes que estavam no protesto já falavam sobre a percepção de um menor contingente de policiais acompanhando o ato, se comparado às últimas passeatas na região. 

Um grupo de cerca de 20 PMs estava na esquina da Graça Aranha com a Rio Branco, protegendo duas agências, uma do Itaú e outra do Banco do Brasil. Outros 15 estavam na Rua da Carioca.

A assessoria de imprensa da PM negou que tenha havido mudanças no policiamento e queda no número de militares acompanhando os manifestantes. Ainda segundo a corporação, mais cedo havia no local 500 policiais do Batalhão de Grandes Eventos, além de apoio das forças de Choque de outras unidades.

À frente da passeata, na Avenida Rio Branco, havia um grupo de dez jovens com uma criança segurando cartazes pretos com as palavras “Tropa de profs”, em referência ao filme Tropa de Elite. Eles cantavam uma paródia da música tema do longa de José Padilha, enquanto jogavam estalinhos no chão. Um deles segura um tambor e o grupo simula, inclusive, um confronto em tom teatral.

Logo atrás do grupo bem humorado, cerca de 50 Black Blocs, todos mascarados e com escudos pretos, seguiam na passeata. Um dos manifestantes, o garçom Valdir Dantas da Silva, está caracterizado como o deputado Tiririca, com uma faixa presidencial no peito.

- Um absurdo um garçom em Brasília receber R$ 15 mil e um professor no Rio receber menos de R$ 2 mil - opinou o manifestante.

Presidente Vargas e Rio Branco interditadas

Devido ao ato, e para garantir a fluidez do trânsito, a pista lateral da Avenida Presidente Vargas chegou a ser fechada , no sentido Candelária, na altura da Avenida Passos. Os motoristas devem evitar o Centro.

Os professores protestam pela educação, mas outros profissionais aderiram à passeata. Nas escadarias da Câmara dos Vereadores havia cartazes pedindo o fim da violência policial e questionando o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo dos Santos, na Rocinha.

No domingo, o governador Sérgio Cabral disse que a PM garantiria aos professores o direito de se manifestar. Segundo ele, no entanto, a polícia agiria contra grupos que cometerem atos de vandalismo.

— A polícia tem que estar sempre presente para garantir o direito à manifestação, um direito mais do que legítimo. Infelizmente, grupos vão para essas manifestações com o objetivo de enfrentar a polícia, quebrar agências bancárias, quebrar lojas, prédios e o patrimônio público. Isso não tem nada a ver com a manifestação pública e democrática que sempre houve no Rio — disse o governador Sérgio Cabral.

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, também participa do ato. Ele disse que a instituição está de plantão para receber quaisquer reclamações sobre possíveis violações de direitos durante a passeata.

- Espero que as forças de segurança tenham entendido que se trata de uma manifestação democrática e pacífica. Professores querem melhores condições de trabalho e não receber pancada da polícia.
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O prefeito Eduardo Paes pediu, em entrevista à Rádio Globo nesta segunda-feira, que os profissionais tentem compreender e "se aprofundem" no plano de cargos e salários que foi aprovado na Câmara dos Vereadores na terça-feira. 

Ele admitiu, no entanto, pensar que os professores deveriam ser mais bem remunerados, mas lembrou que, ao longo da carreira, incorporando triênios e mudanças de nível, os profissionais do Rio se aposentam com o maior salário de todas as capitais do Brasil.o globo

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