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terça-feira, 3 de setembro de 2013

DESISTÊNCIA DE MÉDICOS BRASILEIROS MOSTRA IMPORTÂNCIA DE TRAZER CUBANOS,DIZ PADILHA

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, setembro 03, 2013   Sem Comentários

                     

Ministro justificou, importação de médicos após parte dos brasileiros não se apresentarem para o trabalho. Os casos de profissionais que não se apresentaram na segunda-feira para começar a trabalhar
no programa Mais Médicos foram usados pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, para justificar o acordo de cooperação internacional firmado com Cuba. Segundo Padilha, caso tenha havido boicote, isso foi de uma perversidade inimaginável.

Ao todo, 1.096 médicos com registro profissional no Brasil foram selecionados, mas nem todos começaram o trabalho, o que estava previsto para a última segunda-feira. Além deles, há 400 cubanos que vieram por meio de um acordo intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e 282 médicos formados em outros países. Eles começam a trabalhar a partir do dia 16 de setembro.

— (A não apresentação dos médicos) Só revela um drama que os municípios e os estados têm cotidianamente quando fazem o processo de seleção, que é por conta do mercado extremamente aquecido dos médicos. Só reforça o diagnóstico de que o Ministério da Saúde fez de que o Brasil tem um número insuficiente de médicos diante do mercado aquecido. Isso é mais grave na atenção de saúde — afirmou Padilha, concluindo. 


 E só reforça a estratégia e o esforço do Ministério da Saúde de estimular os profissionais brasileiros, monitorar a chegada dos brasileiros, não permitir qualquer acordo de não cumprimento da carga horária, e, por outro lado, usar todas as estratégias, como cooperação internacional, para trazer médicos de outros países. Só estamos conseguindo preencher o pior IDH no Brasil (o município de Melgaço no Pará), com profissionais médicos por conta da cooperação internacional que fizemos com o Ministério da Saúde de Cuba.

O ministro criticou um possível boicote ao programa pelos médicos brasileiros. As principais entidades médicas do país — Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB) — são contrárias ao programa. Entre outros pontos, elas criticam a possibilidade de trazer médicos estrangeiros sem passar pela revalidação do diploma.

— Me perguntaram ontem:
o senhor acha que foi um boicote? Eu acho que, se for, é de uma perversidade quase inimaginável. Quase todos os filtros foram feitos para garantir quem tinha interesse. Se algum profissional homologou só para ocupara a vaga para nenhum outro ocupar, é de uma perversidade inimaginável — disse o ministro.

Padilha informou que os municípios em que os médicos tiverem desistido poderão preencher essas vagas com novos profissionais. Caso informem até quarta-feira, o preenchimento poderá ser feito já agora, durante a segunda etapa de seleção de médicos para o programa. O ministério informou que ainda não tem um balanço de quantos médicos deixaram de se apresentar nos municípios.

— Quem fizer isso até amanhã, até 4 de setembro, vai poder ofertar as vagas não ocupadas pelos médicos brasileiros neste segundo mês de seleção. Desde ontem informamos às secretarias municipais de Saúde. Hoje, a ouvidoria ativa do Ministério da Saúde está ligando para cada uma das secretarias e para os médicos que homologaram que eles devem se apresentar até o dia 12 de setembro - afirmou Padilha.

O secretário de Gestão do Trabalho e na Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, fez uma comparação do preenchimento de vagas do Mais Médicos com o Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), uma iniciativa anterior do ministério que já tinha por objetivo levar médicos para regiões carentes.

— É importante colocar o que aconteceu no Provab. Nós tivemos 6 mil inscrições, 4.600 que homologaram, 4.300 que começaram o programa. Depois 4.000 que tiveram fiscalização, e hoje temos em torno de 3.500 profissionais. Esse processo de migração, de oferta de opções profissionais, no mercado de trabalho brasileiro, é comum — disse Mozart.

Ministro diz que antecedentes foram checados apenas para estrangeiros

Padilha foi questionado sobre o caso do médico Carlos Jorge Mansilla, um ex-deputado federal selecionado pelo programa para trabalhar em Águas Lindas de Goiás, no Entorno de Brasília. Ele é suspeito de ter mutilado 15 mulheres em Rondônia e no Amazonas, onde trabalhava, conforme mostrou o jornal "Correio Braziliense". Padilha explicou que os antecedentes criminais dos profissionais de fora são checados. No caso dos que têm registro no Brasil, é verificado se o registro dele no Conselho Regional de Medicina (CRM) está ativo.



— Esse médico entrou no Mais Médicos porque o CRM dele está ativo. Por isso ele pôde participar do Mais Médicos. Já no dia de hoje notificamos o CFM (Conselho Federal de Medicina) para saber o que está fazendo nesse caso — disse Padilha.

O ministério informou que mandou uma notificação à prefeitura de Águas Lindas para que Mansilla não comece a trabalhar até a pasta receber um retorno do CFM sobre o caso.
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