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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ABASTECIMENTO D'AGUA; SÓ GRANDES CIDADES ESTÃO FORA DO RISCO DE FALTA D'ÁGUA

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, setembro 06, 2013   Sem Comentários

 

O segundo - e mais seco - semestre do ano não deve preocupar os habitantes das "grandes cidades cearenses" quando o assunto for água potável, segundo garantiu ontem o diretor-presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), André Facó. 

Ele afirmou que existe "uma condição de segurança de ir até o próximo período chuvoso", esperado para o fim de dezembro próximo. Já para as pequenas cidades e distritos longes dos grandes centros cearenses, onde os reservatórios secaram, a realidade é outra.

Dos 184 municípios cearenses, cerca de 30 podem - ou já estão -, de acordo com uma avaliação realizada pela Companhia Água e Esgoto do Ceará (Cagece) correndo o risco de entrar em colapso) 

"Esses outros locais aí, realmente, por conta da estiagem, infelizmente, não têm condição de reposição (de águas)", lamentou durante a apresentação do aplicativo da Cagece para smartphones e dispositivos móveis.

Dos 184 municípios cearenses, cerca de 30 podem - ou já estão -, de acordo com avaliação da Companhia, correndo o risco de entrar em colapso até que as próximas chuvas ocorram.

Medidas alternativas

Para dar conta do abastecimento destas cidades, Facó apontou como únicas soluções a Operação Carro-pipa, a perfuração de poços profundos e a construção de adutoras de engate rápido - redes de transmissão de água não subterrânea cujo ritmo de construção chega a 3km por dia.

"Só a Cagece tem contrato de perfuração de 100 poços, a Sohidra (Superintendência de Obras Hidráulicas) tem mais 300 poços e o Exército também tem mais 300 poços para até o fim do ano. Há um alinhamento entre estes vários órgãos para buscar atender essas carências", minimizou André Facó.

Além destas possibilidades, o diretor-presidente da Cagece contou do repasse de R$ 2,5 milhões do Ministério da Integração para a construção de três novas estações de tratamento de água no Estado.

Dez cidades pleiteiam as construções, que ainda não tiveram o local definido.

Mesmo com o cenário de abastecimento dramático, o diretor-presidente considera como maiores desafios para a Companhia a entrega de água de qualidade e a construção de uma rede de esgoto maior, para os quais dispõe de R$ 1,6 bilhão no orçamento para serem aplicados nos próximos quatro anos.

Fortaleza assegurada

Já para a Capital, André Facó aponta um cenário promissor ao afirmar que deverá ter a distribuição de água garantida para os próximos 15 anos a partir de três obras que se encerram em dezembro de 2013.

"Hoje, nós temos duas estações. Uma consegue tratar 10 mil litros de água por segundo e a outra um mil litros de água por segundo. Fortaleza precisa de oito mil litros de água por segundo, ou seja, a gente tem água sobrando", destaca.

No entanto, ele admite que nem todos os bairros e localidades da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) recebem esta água, o que a Cagece considera consequência do "crescimento desordenado".

Mais gente, menos pressão

Das 700 mil ligações de água, apenas 8% enfrentam intermitência no abastecimento por conta da pressão nos canos. Isso, de acordo com ele, deve-se ao aumento de unidades habitacionais e até de indústrias construídas em bairros onde não existia grande demanda de abastecimento. 

"A Cagece deveria receber informações dos empreendedores - principalmente os que tem contrato com o Minha Casa, Minha Vida - e do próprio poder público para ela se preparar e planejar-se para ampliar seu sistema", diz. A resolução de problemas "como os vistos no Ancuri, Lagoa Redonda, Paupina e outros bairros" também é até o término de 2013 a partir de obras que parte de Messejana, Jangurussu e Caucaia e atravessam a cidade.

Inovação e mudança

Ainda durante a coletiva na manhã de ontem, Facó revelou os projetos pilotos para o reúso de água e aproveitamento de resíduos gerados no esgoto em andamento em Caucaia e Aquiraz. Na primeira, os canteiros são aguados com água tratada de esgoto, enquanto a segunda conta com a água oriunda da rede de esgoto para a criação de peixes.

Já em Jaguaribara, Iracema e Catarina a produção de frutas irrigadas pela mesma água conta com recursos de R$ 1,5 milhão captados junto à Agência Nacional de Águas (ANA).

O mesmo é prometido para Fortaleza e demais cidades, além de Facó ter revelado o desejo de desenvolver o projeto com a iniciativa privada. "Estamos buscando várias formas de inovar e também queremos ajudar no desenvolvimento do emprego e renda do Estado", finalizou.

Novo canal de serviços e reclamações por aplicativo

Os consumidores que contam com tecnologia já dispõem de um novo canal para entrar em contato com a Cagece. Ontem, foi lançado o aplicativo para smartphones e demais dispositivo móveis, pelo qual a interação permite até enviar fotos de vazamentos ou do problema mais recorrente: a falta de água.

O Cagece Mobile, disponível gratuitamente para os sistemas iOS e Android, pede apenas que o usuário faça um cadastro - com nome, telefone e e-mail - antes de realizar a reclamação. Depois, ele pode acompanhar todo o processo de resolução do problema no aplicativo.

"Ele é bem simples, qualquer pessoa com o mínimo de habilidade consegue manusear. E o que queremos é tornar o cliente um conhecedor do sistema de abastecimento para que ele nos veja como um agente interessado na melhoria de vida dele", destacou André Facó, diretor-presidente da Cagece.

Além das reclamações, o aplicativo conta link para as demais redes sociais da Companhia, os locais físicos de atendimento em todo o Estado e notícias sobre as ações desenvolvidas. (AOL)

Contrato de cooperação com empresa de Israel

Ainda sem nenhuma definição sobre a realização de consultoria técnica ao governo de Cabo Verde, na África, o diretor-presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), André Facó, anunciou a assinatura de um contrato de cooperação técnica com a Companhia Nacional de Água de Israel, a Mekorot, para outubro deste ano.

"A cooperação técnica seria exatamente focada em reúso de esgoto, perda de água e automação, em que a gente vai compartilhar experiência, pois nós temos situações muito parecidas", afirmou. 

Facó apontou para a condição econômica e tecnológica deles como o principal foco do aprendizado cearense e garantiu que o ensinamento dado pelos técnicos da Cagece abordará as estratégias usadas para garantir o abastecimento mesmo com "a baixa e irregular pluviometria" tida no Estado.

"Isso tudo já está bastante adiantado e a ideia é que a gente assine o acordo em outubro. Se possível, até lá em Israel, durante a feira internacional de água", afirmou contando também da possível vinda de técnicos israelenses ao Ceará depois que o documento estiver assinado.

Esforço nas parcerias

A exemplo dos contatos com Israel e Cabo Verde, Facó apontou para as parcerias ou mesmo acordos comerciais como alternativas da Cagece para desenvolver a nova visibilidade que busca. Para isso, ele admite tanto relações de ajuda mútua como também prestação de consultoria técnica. "Temos uma expertise de 41 anos, várias experiências e produtos desenvolvidos internamente que podem ser implantados e até vendidos", ressalta, levantando a possibilidade de trabalhar também com outros estados brasileiros. (AOL)
ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER

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