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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

SENADOR QUEBRA DECORO PARLAMENTAR AO AJUDAR BOLIVIANO A FUGIR

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, agosto 26, 2013   Sem Comentários

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Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ultrapassou todas as regras de convivência entre dois países amigos e vizinhos; ele cumpriu papel decisivo na fuga do senador Roger Pinto Molina, investigado por corrupção e narcotráfico na Bolívia, e se gabou de ser um "crítico da falta de determinação da diplomacia brasileira"; 

Ao apoiar um fugitivo internacional, ironizou que o governo brasileiro é "às vezes muito companheiro dos nosso vizinhos bolivarianos"; se o exemplo frutificar, onde irão parar a legislação e os acordos internacionais?; criada mais uma saia justa para a presidente Dilma

A julgar pela participação e desenvoltura na trama de fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz para Corumbá (MS) e, em seguida, para Brasília, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, quebrou todos os padrões de decoro para o cargo.

Ele foi o personagem mais graduado na execução do plano de fuga de Molina para o Brasil, elaborado pelo diplomata Eduardo Sabóia, encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz.

Ferraço arrumou um avião emprestado, cuja origem ele ainda não revelou, recebeu Molina no aeroporto de Corumbá e o levou para Brasília. Antes, havia se encontrado com o senador boliviano duas vezes na embaixada brasileira. Ferraço conhecia todas as circunstâncias do caso.

Com 20 processos em curso na Bolívia, inclusive por prática de corrupção e participação no esquema de narcotráfico do país, Molina teve sua prisão decretada pelo governo do presidente Evo Morales. 

Em 2011, para escapar da cadeia, refugiou-se na embaixada brasileira em La Paz, onde permaceu por 455 dias, até ser retirado, clandestinamente, por Sabóia.

Neste processo, Ferraço disse ter tido contato duas vezes e se apiedou de sua situação. Avaliações médicas apontavam para uma forte depressão com tendência ao suicídio. Mas o senador brasileiro já afirmou que, além das questões ditas humanitárias, também agiu politicamente.

"Sou um crítico da falta de determinação da diplomacia brasileira nesse caso", disse o senador brasileiro ao jornalista Josias de Souza, do jornal Folha de S. Paulo."Nossa diplomacia por vezes é muito companheira dos nossos vizinhos bolivarianos".

Sem dividir suas preocupações com ninguém, Ferraço avaliou, decidiu e agiu como se fosse uma autoridade executiva ao participar do plano de Sabóia. Com a diferença de não estar cumprindo a lei. 

O que Ferraço fez se iguala uma uma situação hipotética de um condenado pela Justiça brasileira, mas refugiado na embaixada boliviana em Brasília, contar com a ajuda de um político da Bolívia para chegar clandestinamente a um lugar que considerasse seguro. 

Para que se entenda melhor: se José Dirceu, uma vez condenador pelo STF, corressse para uma embaixada e, de lá, em fuga planejada por diplomatas, ainda conseguisse apoio político ao chegar a outro país.

O diplomata Sabóia, em defesa de seu plano, sustenta que temia o suicídio de Molina, que ficou 455 dias confinado na missão brasileira. Mesmo sendo assim, Sabóia pode ser expulso da carreira diplomática, por insubordinação. 

Com Ferraço, na Comissão de Relações Exteriores, uma medida semelhante pode ser tomada, sob pena de ser quebrada a confiança da comunidade internacional nesse organismo do Senado da República.

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