Um grupo reuniu-se na tarde desta quinta-feira (15) para protestar pelas ruas de Fortaleza. Durante a manifestação, diversos atos de vandalismo e violência foram executados pelo grupo pelas ruas da Aldeota.
Vândalos picharam muros na Av. Santos Dumont.
O grupo de manifestantes saiu da Praça Portugal por volta das 15h45. O movimento iniciou com cerca de 300 manifestantes bastante diversificados. Eles traziam faixas a favor dos ciclistas e pedindo por ações de mobilidade urbana. Alguns traziam bandeiras do Movimento Sem Terra (MST) e do Anarquismo.
Bancos são alvos dos vândalos
Agências bancárias foram depredadas.
Pela Avenida Santos Dumont, além do cenário de destruição, vários muros foram pichados. "Destrua o que te destrói" e "Fora Cid" foram algumas das frases escritas nas paredes.
No caminho, os curiosos saiam às janelas para ver o que acontecia na Avenida. "Vem pra rua, seu filho da p...!", gritavam alguns dos manifestantes de rosto escondido para os populares. "Saia dessa sua vida medíocre, seu p...", gritou outro.
Os manifestantes mascarados iam à frente do grupo, parando o trânsito. "Para! Não passa!", gritavam aos motoristas. No cruzamento da Avenida Santos Dumont com Rua Professor Dias da Rocha, um ônibus foi atacado com pedras e chutes.
Imprensa é intimidada por grupo de manifestantes
Durante a manifestação, a reportagem acompanhou de perto as ações, buscando discrição para evitar a hostilização já comum em ações semelhantes. Entretanto, os repórteres foram por duas vezes cercados por um grupo, acusando de ser "P2" e "polícia". "Não estou afim de levar mão na cara de graça!", bradou um, intimidando o trabalho da reportagem. Outro, de rosto coberto, exigia a identidade do repórter. "Cadê tua identificação, seu polícia? Mostra tua identificação!". Os manifestantes acusavam a reportagem de estar avisando à polícia sobre a localização do protesto, que não tinha um trajeto definido. Após argumentação tensa, o grupo dispersou e liberou os repórteres.
Os manifestantes foram acompanhados até o cruzamento da Avenida Santos Dumont com Via Expressa por duas viaturas da polícia. Ao chegar no cruzamento, quatro veículos do Choque fizeram uma barreira na tentativa de evitar danos. "Não vamos proibir ninguém se manifestar, mas vocês saíram quebrando tudo ali", afirmou um dos policiais a um manifestante que indagou o militar sobre a possibilidade de o protesto prosseguir. Com a presença policial, os atos de vandalismo cessaram e o protesto seguiu.
O grupo caminhou ao lado do terminal do Papicu, chegando até o Parque do Cocó, na Rua Andrade Furtado. Pararam por cerca de 15 minutos. Então gritaram "Casa do Pinguim! Casa do Pinguim". E seguiram em direção à casa do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
Ao chegar à Rua Padre Antônio Tomás, próximo à Rua Aluysio Soriano Aderaldo, foram recebidos por um cordão do Choque, que impediu a entrada dos manifestantes no logradouro da residência do chefe do município.DN
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