Proposta em discussão pelos líderes prevê proibição de entrada de pessoas portando panfletos, banners, cartazes e faixas..
— Depois da invasão do plenário da Câmara, na semana passada, por policiais militares que exigiam a votação de proposta que cria um piso salarial para a categoria, líderes partidários discutem a restrição do acesso da população à Casa. Além de diminuir o número de visitantes, os deputados querem proibir a entrada de pessoas portando panfletos, banners, cartazes e faixas. O assunto foi discutido nesta terça-feira na reunião de líderes e a proposta ainda tem que ser aprovada pela Mesa Diretora.
— Eu achei muito restritivo. A segurança apresentou um plano com o argumento de que há preocupação em casos de incêndio, pânico e tumulto, mas aqui é a casa do povo. Não podemos restringir a participação popular — afirmou o líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP).O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), chegou a defender, anteriormente, o acesso da imprensa ao plenário, mas isso não consta do documento em discussão. Também estariam excluídos das novas regras "servidores terceirizados, assessores de órgãos públicos e outras entidades".
Uma das páginas do documento distribuído na reunião de líderes é intitulada "proposta para dias de crise", mas o texto não define o que é um dia de crise. A ideia é restringir o acesso ao prédio principal a 200 visitantes, que é a lotação máxima das galerias do plenário; 600 à parte onde funcionam as comissões; 500 ao anexo onde estão os gabinetes parlamentares; 220 ao edifício que concentra a administração da Câmara; e 350 ao auditório Nereu Ramos.
A estimativa é que, atualmente, a população flutuante da Câmara, em um dia de pico, chegue a 10 mil pessoas ao todo ao longo de todo o dia. Se as novas regras forem aprovadas, esse número seria fixado em 1.770 por vez.
O plano em discussão também diminui o número de acessos aos prédios da Câmara e prevê barreiras de contenção.OGLOBO
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