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sexta-feira, 12 de julho de 2013

GRUPO MASCARADO ENFRENTA POLICIAIS NO DIA NACIONAL DE LUTA

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, julho 12, 2013   Sem Comentários

  Policial reage à ação de grupos de vândalos na Avenida Chile atirando bomba de gás lacrimogêneo Foto: Marcelo Piu / Agência O Globo
Um policial ficou ferido na cabeça depois que cerca de 300 pessoas voltaram a entrar em confronto com a Polícia Militar durante um protesto no Centro do Rio, no início da noite desta quinta-feira. Mais de 30 pessoas foram detidas e levadas para a 5ª DP (Mem de Sá). 

De acordo com a Polícia Civil, Rodrigo Faria Barreto, 20 anos, Armando Herz de Faria, 19 e Francisco Iranildo Nunes Alves, 24, e um menor foram autuadas por formação de quadrilha. Os detidos vão de moradores de rua a estudantes. Oito menores foram apreendidos (segundo a OAB, até uma criança de 6 anos). 

As detenções ocorreram depois que um grupo conhecido como Black Bloc provocou os PMs que acompanhavam a passeata organizada pelas centrais sindicais na Avenida Rio Branco, na altura do Teatro Municipal, e que reuniu 2.500 pessoas, segundo a PM.

A polícia jogou bombas de efeito moral no grupo, que revidou com morteiros, fogos de artifício e coquetéis molotov. Uma agência do Itaú teve sua fachada de vidro destruída pelos manifestantes. Dois carros teriam sido queimados pelos manifestantes na Avenida Chile, também de acordo com a PM. Houve muita correria e os organizadores encerraram o ato, que seguiu da Candelária à Cinelândia.

Testemunhas afirmam que o cenário era de guerra. Pedras foram jogadas contra o prédio do Teatro Municipal e foram registrados pelo menos quatro focos de incêndio na área. Uma cabine da PM foi saqueada na Avenida República do Chile, esquina com Lélio Gama, e uma agência do banco Santander também teve caixas automáticos danificados e os vidros foram quebrados. Pelo menos 130 homens só do 5ª BPM (Praça da Harmonia) estiveram no local. Policiais do Batalhão de Choque também foram chamados.
Policiais militares entram em cofronto com grupo de manifestante no Centro do Rio Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

O grupo que entrou em confronto com a PM seguiu em direção à Avenida Almirante Barroso, onde eles quebraram fachadas de lojas. Para tentar dispersar o grupo, os policiais jogaram bombas de efeito moral na área. Enquanto isso, cerca de 200 manifestantes remanescentes da passeata das centrais sindicais ficaram acuados nas escadarias da Câmara municipal de Vereadores. 

Um carro blindado chegou a subir a calçada e parou em frente ao grupo, enquanto alguns manifestantes cantavam o hino nacional e outros gritavam palavras de ordem contra a violência. Dois carros blindados da PM e um caminhão com canhão de água foram levados ao local. Helicópteros circularam a praça e desligavam as luzes quando voavam mais baixo, aumentando a tensão.

Além de manifestantes, pessoas que trabalhavam em outros locais nos escritórios do Centro e que tentaram pegar o metrô na Cinelândia também ficaram acuadas. A secretária Ana Carolina dos Anjos, de 32 anos, estava com os olhos inchados pelo gás lacrimogêneo. 

Ela não estava na manifestação e tinha acado de sair do trabalho e seguia para um ponto de ônibus nos arredores da Cinelândia, quando uma bomba de gás estourou próximo a ela. A Avenida Presidente Vargas acaba de ser totalmente liberada e a Avenida Rio Branco só foram completamente liberada por volta das 20h.

O início da manifestação foi marcada por outra confusão. Um grupo com cerca de 50 pessoas com máscaras e bandeiras pretas com o símbolo do anarquismo em vermelho cercou os PMs, que reagiram lançando bombas de efeito moral e gás de pimenta. 

Houve muita correria. Nos carros de som, líderes da passeata diziam que esses manifestantes não pertencem ao protesto. O problema teria começado depois um homem quebrou uma das vidraças da Igreja da Candelária. De acordo com informações do G1, no momento em que foi detido, o homem teria começado a se debater e a polícia começou a usar da violência para contê-lo. 

A multidão cercou os policiais e jogou pedras, garrafas de água e latas contra eles. Os agentes montaram uma barreira ao redor da igreja. Houve muita correria no local.

O grupo Black Bloc teria começado as duas confusões. Usando roupas pretas eles são conhecidos por adotarem, durante as manifestações, atitudes combinadas previamente, entre elas a possível utilização da violência em resposta à truculência da polícia. Eles usam máscaras para cobrir o rosto e garantir o anonimato.

Num manual publicado na página do Black Blocs Brasil, no Facebook, a "desobediência civil" é definida como forma de demonstrar a não aceitação de uma regra. "O que eles fazem conosco todos os dias é uma violência, a desobediência violenta é uma reação a isso e, portanto, não é gratuita, como eles tentam fazer parecer", afirma o texto. 

O grupo também está presente em outras partes do mundo. Foi visto, por exemplos, nos protestos do Egito, onde foi acusado de realizar ações terroristas.

A manifestação estava marcada para sair por volta das 15h30m mas acabou atrasando, pois os organizadores quiseram esperar por mais participantes. O secretário municipal de transportes, Carlos Osório, disse que a antecipação da manifestação, que estava marcada para às 17h, atrapalhou o escoamento dos ônibus do Centro.

- O número de pessoas não é tão grande para justificar o fechamento antecipado, mas como os manifestantes estão muito espalhados, eles acabaram forçando essa antecipação Quando você represa os coletivos, pode haver um intervalo maior entre a passagem. Abre um buraco na linha. Esse reflexo na linhas que partem do Centro para Zona Norte será mais adiante - alertou o secretário.

Participaram do ato grupos sindicais UGT, CTB, Nova Central, CGTB, CUT, Força Sindical e o Movimento Com Lutas. Estudantes e pessoas sem ligações com sindicatos e partidos também participam do protesto, como o músico Bob Lester, de 101 anos. Ele afirmou que está participando do ato em protesto contra a violência policial.

O ato desta quinta-feira tinha como objetivo comemorar o Dia Nacional de Lutas. Centrais sindicais em todo o Brasil convocaram uma greve geral que prejudicou o funcionamento de bancos no Centro do Rio, do Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana, e do centro de operações dos Correios, em Benfica, na Zona Norte da cidade, nesta quinta-feira. Além disso, estradas também foram bloqueadas por manifestantes.

No Centro, cerca de 60 agências bancárias estão fechadas nas avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, segundo Sindicato dos Bancários. Muitas delas estão com a fachada protegida por tapumes. 

Pela manhã, um grupo fechou as vias de acesso ao Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana, enquanto outro bloqueava as saídas do centro de operações dos Correios, impedindo que caminhões que fariam a distribuição de correspondências entrassem ou deixassem o local.

Na maior parte da capital, no entanto, o comércio funcionou normalmente, assim como escolas públicas, serviços de saúde e meios de transporte. Além de Rio e Itaguaí, trabalhadores protestaram em Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras, Arraial do Cabo, Volta Redonda, Barra Mansa, Três Rios e Petrópolis.O GLOBO




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