Articulada por Lula, oferta de 2014 não seduz PSB
A política é pródiga em derrubar prognósticos pretensamente absolutos, mas será uma monumental surpresa qualquer decisão do PSB, na segunda-feira (11), de apoiar Elmano de Freitas (PT).
Se houver definição, ela quase certamente estará entre o rompimento e a sinalização de aliança condicionada à substituição do candidato do PT. Não surtiu o efeito esperado o anúncio da disposição do PT para já declarar apoio ao candidato de Cid Gomes (PSB) ao Governo do Estado, em 2014, em caso de aliança agora.
O plano para amarrar o acordo partiu do ex-presidente Lula. A oferta surgiu da garantia que a prefeita Luizianne Lins deu ao ex-presidente, no começo da semana passada, de que não será candidata a nenhum cargo majoritário na eleição de daqui a dois anos.
Gente do PSB, em reuniões fechadas, já havia colocado o assunto como condição para o acordo. Mas não que isso seja suficiente. Não é nem mesmo o mais importante. As insatisfações vão muito além das promessas de apoio mútuo. Além disso, o partido bem sabe que dois anos são tempo pra caramba em política.
O próprio governador cuidou de minimizar a oferta, ao lembrar a dinâmica volúvel dos movimentos eleitorais. Luizianne não ajudou, ao antecipar que essa oferta de aliança antecipada estaria condicionada ao entendimento nacional entre as duas legendas. Menos ainda ajuda a recordação de que, antes de fechar acordo semelhante, em 2008, ela afirmou que não se planeja para mais que seis meses. O PSB não esqueceu.O POVO
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