Neste momento, a cena da política cearense, projetada para o que será o agitado ano eleitoral de 2022, mostra em posição
de conforto o governador Camilo Santana, catapultado à liderança do processo de sua própria sucessão por dois fortes motivos.O primeiro é sua popularidade, que, segundo as últimas pesquisas, ultrapassa os 70% de aprovação a ele e ao seu governo.
O segundo motivo vem na garupa do extraordinário crescimento da candidatura do ex-presidente Lula, que é o principal líder do seu partido, o PT.
Esses dois motivos dão a Camilo Santana o que ele não tinha no início deste ano: o poder de indicar e de vetar candidaturas do seu atual arco de aliança ao Palácio da Abolição.
A não ser que aconteça o inesperado e Lula seja impedido de candidatar-se à presidência da República, algo improvável, acontecerá o seguinte:
Camilo Santana, com as cartas na mão, indicar-se-á à única vaga ao Senado Federal, exatamente a hoje ocupada pelo senador Tasso Jereissati, e ainda terá força suficiente para desafiar, se o desejar, o grupo dos irmãos Ferreira Gomes, lançando um candidato petista à sua sucessão.
Não é do temperamento do governador gestos de arrogância. Ele é um conciliador e, naturalmente, encontrará uma saída para, no plano estadual, apaziguar o seu PT com o aliado PDT do presidenciável Ciro Gomes, cujo candidato ao governo do Ceará, até prova em contrário, é o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
O que acima está dito é especulação, pois, na verdade, quem decidirá, como sempre o fez, será o eleitor.
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