O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje ter orientado o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, a se desculpar e a desfazer pedido para que as escolas
mandassem vídeos de alunos cantando o Hino Nacional e repetindo o slogan da campanha presidencial.
"Eu disse a ele [Vélez Rodríguez]: peça desculpas e desfaça." Bolsonaro defendeu, porém, a importância de que alunos cantem o hino nas escolas e disse que isso é praticado em muitos países. Afirmou também que o processo deve ocorrer sem doutrinação e fiscalização.
Ao comentar a polêmica, ele opinou que Vélez poderia ter sugerido, por exemplo, que as escolas estimulassem mais a participação dos pais dos alunos no ambiente escolar.
Durante a conversa, Bolsonaro ressaltou a importância da imprensa para o processo democrático. O presidente relatou ainda que o ministro da Educação está investigando denúncia de que escolas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) estariam impondo a crianças cantar um hino da entidade e também a Internacional Socialista, mas não deu mais detalhes sobre o caso.
Recuo sobre vídeos de alunos e slogan
O MEC (Ministério da Educação) desistiu ontem do pedido para que escolas enviassem ao governo vídeos de seus alunos durante a execução do hino, conforme informou ao MPF (Ministério Público Federal) em resposta a pedido de esclarecimentos.
Segundo o MEC, a decisão foi tomada por Vélez por "razões técnicas de dificuldade de guarda desse material", "bem como de segurança". A pasta disse ainda que enviará uma nova carta às escolas, tanto particulares como públicas, com a retirada do pedido de produção e envio de vídeos.
A circular enviada às escolas pedia para que uma carta do ministro, que terminava com o slogan de campanha de Bolsonaro, fosse lida aos alunos. O pedido do MEC provocou reações no meio educacional.UOL
0 comentários:
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.