Há uma questão subjacente ao fétido esgoto que escorreu a céu aberto na campanha eleitoral do Ceará. O ponto é o seguinte: Eunício Oliveira (PMDB) lidera com folga as pesquisas de opinião e mantém baixo índice de rejeição. Portanto, como manda a nossa tradição política, precisa ser duramente atacado em pleno vôo.
Como já dito aqui, os ataques dirigidos ao senador respondem a uma estratégia de marketing. Não foi á toa que Cid Gomes (Pros) saiu em defesa do, digamos, modo Ciro de fazer campanha. O governador disse o seguinte: “Às vezes, o que se considera baixar o nível é dizer verdades. E verdades têm que ser ditas”.
Portanto, novos petardos e mísseis serão disparados em direção ao candidato do PMDB. A ordem é desgastar a imagem do senador. A voz de comando é colar em Eunício as mais desgastantes das nódoas para um candidato a cargo executivo. Quanto mais verossímeis as pechas, maiores as chances de vingarem.
Expostos exclusivamente nas páginas do O POVO, os entreveros verbais estabeleceram as redes sociais como campo de batalha complementar. É lá, na esgotosfera, que a troca de amabilidades ganha maior dimensão. É lá que pitbulls sentem-se confortáveis para agir.
As pesquisas de opinião, aquelas feitas pelos comitês eleitorais, e as encomendadas pelos meios de comunicação, serão termômetros da campanha. O volume menor ou maior dos ataques é a consequência direta dos resultados apurados. Sempre foi assim. E, acreditem!, se não respondidos ou mal respondidos, os ataques têm, sim, efeito sobre o humor dos eleitores.
Para lembrar, tomemos como exemplo a última disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Na reta final, houve inversão de posições na liderança. A mudança pode ter sido desencadeada pelos ataques pessoais de Cid Gomes contra a então prefeita Luizianne Lins, que patrocinava a candidatura de Elmano de Freitas.O POVO
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