O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou na última sexta-feira denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que desde 2007 aparece como investigado em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
Oficialmente Gurgel não comenta o teor do inquérito, por estar sob segredo de justiça, mas pessoas próximas a ele dizem que a denúncia trata das notas ficais frias que ele supostamente apresentou em 2007 para justificar seu patrimônio.
Se o Supremo aceitar a denúncia, o inquérito será transformado em ação penal e Renan - que é o candidato favorito na eleição de fevereiro para a presidência do Senado - se tornará réu.
Em 2007, Renan era presidente do Senado e foi acusado de ter a pensão de sua filha paga por Cláudio Gontijo, um lobista da empreiteira Mendes Júnior.
Na época, Renan negou as acusações e apresentou notas referentes à venda de bois para comprovar que tinha renda para as despesas. A Polícia Federal (PF), porém, encontrou indícios de que as notas eram falsas.
Na época, o escândalo derrubou Renan da presidência do Senado, mas ele teve o mandato de senador preservado pelo plenário da Casa.
Apesar de o inquérito ter sido aberto em agosto de 2007, a investigação estava parada. Ao longo da última semana, Gurgel alegou que a demora para tomar uma decisão se devia ao tamanho dos autos, com 43 volumes, e porque, no ano passado, ele esteve muito dedicado ao processo do mensalão.
O GLOBO entrou em contato com a assessoria de Renan Calheiros para comentar a denúncia, mas ainda não obteve retorno.
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