Na política, o tempo é o maior aliado e o pior inimigo. As alianças mudam, os adversários de ontem se tornam
parceiros de hoje e a memória da perseguição se apaga diante da necessidade de permanecer no jogo.Nesse tabuleiro, não há espaço para olhar pelo retrovisor — o que vale é o agora, o poder do momento e a arte de sobreviver.
A política é movida pela conveniência e não pela lembrança. Quem insiste em reviver o passado, perde espaço para quem entende que a sobrevivência exige adaptação. Os discursos mudam, as narrativas se transformam e o que antes era motivo de embate vira apenas uma página virada. A perseguição, que um dia pareceu imperdoável, é esquecida quando o interesse maior se impõe.
No fim, quem sobrevive não é o mais fiel, mas o mais estratégico. A lei da sobrevivência é impiedosa: ela cobra pragmatismo e perdoa a contradição. Porque, na política, quem olha demais para o retrovisor acaba ficando para trás — e quem entende o "jogo", conquista o futuro. IPU EM FOCO
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