A justiça, em sua essência, deve ser o pilar de uma sociedade democrática, garantindo direitos, assegurando a igualdade e protegendo o cidadão contra abusos.
No entanto, há momentos em que esse mesmo sistema que deveria ser fonte de segurança e equilíbrio se transforma em instrumento de opressão, alimentando o medo, a desconfiança e, em casos mais graves, a injustiça.
Isso acontece quando o acesso à justiça se torna privilégio de poucos. Advogados caros, processos morosos e decisões incoerentes fazem com que muitos cidadãos se sintam desamparados. A justiça, então, deixa de ser um direito e passa a ser uma barreira — um labirinto complexo que favorece quem tem mais poder econômico, influência ou acesso privilegiado ao sistema.
Outro problema surge quando há seletividade na aplicação das leis. A impunidade de alguns contrasta com a severidade imposta a outros, geralmente os mais pobres e vulneráveis. Quando a balança da justiça pende apenas para um lado, ela deixa de cumprir seu papel de mediadora imparcial e passa a legitimar desigualdades.
Ainda mais preocupante é quando o próprio aparato judicial é usado com fins políticos ou autoritários. Investigações mal conduzidas, julgamentos midiáticos, decisões arbitrárias e abuso de autoridade são sinais de um sistema que se desvia de sua função primordial. Nesse contexto, o cidadão não apenas deixa de confiar na justiça — ele passa a temê-la.
A justiça só é verdadeira quando é acessível, imparcial, transparente e comprometida com os direitos humanos. Quando ela perde essas características, transforma-se em ameaça. E quando o medo de ser julgado injustamente é maior do que a esperança de ser protegido por ela, é sinal de que a democracia está em risco.
Portanto, é dever de todos — sociedade civil, juristas, políticos e cidadãos — fiscalizar, debater e exigir um sistema de justiça que não oprima, mas que ampare. Porque justiça que ameaça não é justiça: é poder mal utilizado. IPU EM FOCO
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