O encontro regional do PDT, que ocorreu nesta quarta-feira (15), em Fortaleza, apresentou um panorama de dificuldade
que o comando partidário vai ter para definir o candidato ao governo do Estado. No evento, ficou evidente que os dois nomes que se destacam estão muito distantes dos demais: a governadora Izolda Cela e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.“Nem eu, nem ninguém vai impor nome”. A frase repetida ao longo do encontro pelo ex-ministro e pré-candidato a presidente pelo partido, Ciro Gomes, um dos líderes a ocupar assento à mesa de decisão, tenta afastar a hipótese de indicação “de cima para baixo”.
Ciro diz que o PDT vai levar “ao povo” o nome do candidato. O máximo que isso significa, evidentemente, é analisar pesquisas qualitativas e quantitativas para saber quem tem os índices de popularidade mais favoráveis. Entretanto, essa é só uma parte do processo.
O nome a ser escolhido sairá mesmo da tal mesa de decisão que, ao que consta, deve ter a participação do ex-governador Camilo Santana (PT), que deixou o cargo em abril para concorrer ao Senado.
AS NUANCES DA ESCOLHA
O fato é que a escolha, qualquer que seja, precisará ser cirúrgica e fundamentada para manter a coalizão de forças nos mais diferentes níveis. E não é demais lembrar que os bastidores da atual disputa revelam um cenário sugestivo de sequelas.
O ex-prefeito Roberto Cláudio, após oito anos à frente da Prefeitura, elegeu o sucessor em Fortaleza. Roberto não impôs seu nome, ele se viabilizou como candidato no grupo governista. O ativo principal, naturalmente, é a gestão da Capital.
Os dois nomes são absolutamente próximos do comando. Resta agora observar, objetivamente, quais critérios serão usados para justificar a escolha.INÁCIO AGUIAR
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