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sábado, 25 de dezembro de 2021

QUE PAÍS É ESSE, BOLSONARO

Por ipuemfoco   Postado  sábado, dezembro 25, 2021   Sem Comentários


Em 1987, há 34 anos, portanto, a banda brasileira de rock Legião Urbana lançava seu terceiro álbum e incendiou o Brasil com essa pergunta que não para de ecoar até hoje. 


“Que País é esse?” De lá para cá, no entanto, as coisas só pioraram e chegamos ao ápice de nossa tragédia humana, alcançada graças ao desgoverno Bolsonaro. Ele está minando nossas energias, destruindo nossa saúde, nossa educação, nosso meio ambiente, nossa economia, nossos empregos. Em suma, está nos jogando na lata do lixo da história, no esgoto da imundice política e na lista dos países em que menos se respeita os direitos humanos e os princípios da civilidade.


Vejamos, pois. Que País é esse em que seu presidente medíocre e negacionista e seu ministro da Saúde puxa saco dizem na TV, com a maior cara de pau, que não querem comprar vacina para crianças de 5 a 11 anos por que ainda não está provado que faça bem para combater a Covid infantil. 


Ora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se baseou em estudos feitos com 2.250 crianças mostrando que o remédio é seguro e eficaz. Os cientistas do mundo desenvolvido já comprovaram que a vacinação evita mortes de crianças. O ministro Queiroga e o presidente Bolsonaro são criminosos. Afinal, que um presidente semi-analfabeto trabalhe contra a vacinação é uma coisa. 


Mas que isso saia da boca de um médico, investido no cargo de ministro da Saúde, com acesso a estudos técnicos, falando o que vem falando contra os medicamentos imunizantes, isso é inconcebível. Ele fala inclusive para uma população ignorante, como são os eleitores do capitão, e isso inadmissível. Bolsonaro e Queiroga deveriam ser presos ou internados num manicômio.


Basta ver o seguinte quadro. O Brasil já registrou 301 mortes por Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, o que representa 14 mortes por mês ou uma a cada dois dias. O canastrão Queiroga diz que “essa estatística está dentro de um patamar aceitável” e por isso não vê motivos para tomar medidas emergenciais. Para ele, só dia 5 de janeiro o governo deve dar uma resposta se compra ou não os imunizantes da Pfizer, depois de ouvir a sociedade. 


Ora, ministro, quantas mortes de crianças são “aceitáveis?” Se fosse um neto seu, seria aceitável, ou só é aceitável quando é filho de um pai pobre que sofre nas periferias? 


O governador João Doria, principal adversário de Bolsonaro, sobretudo em tratando-se de rivalizar com o presidente no campo de dotar o País com mais vacinas, disse que “não há um patamar aceitável para a morte de crianças”. Para ele, se morresse apenas uma por mês de Covid já seria grave, inaceitável.


Mercadores da morte

O chefe da Anvisa, Antonio Barra Torres, que autorizou a vacinação infantil para a faixa de 5 a 11 anos, no último dia 16 de dezembro, também não se conforma com as posições nefastas de Bolsonaro e Queiroga, que tentam postergar o início da vacinação infantil. São os chamados “mercadores da morte”, como dizia o senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid. 


Barra Torres diz que enquanto Bolsonaro e Queiroga não autorizam a compra imediata das vacinas da Pfizer, que foram aprovadas pela Anvisa, o Brasil vai registrando uma “estatística macabra”. Na mesma linha vai o governador João Doria. Ele e outros governadores querem comprar com os imunizantes com recursos próprios.


A Pfizer já disse que tem um contrato com o governo brasileiro para entregar 100 milhões de doses para o Brasil, inclusive com a possibilidade de fazer versões para crianças, mas informa que só as remeterá caso as autoridades federais solicitem, o que Bolsonaro e Queiroga não parecem dispostos a fazer tão cedo. Vamos esperar que o STF, que tem sido guardião das leis e da Constituição, obrigue os dois falastrões federais a tomarem uma decisão a respeito da vida das nossas criancinhas.


Para piorar, agora Queiroga, como ventrículo de Bolsonaro, vem dizendo que agora só aceita vacinar as crianças que tenham um atestado médico indicando a necessidade da imunização e que comprovem algum tipo de comorbidade. 


É um despautério. Vai inviabilizar a imunização, pois as crianças da periferia levam meses para terem acesso a uma consulta médica numa unidade do SUS. Bolsonaro e Queiroga enojam qualquer cidadão com o mínimo de decência. Vamos esperar agora que outubro de 2022 eles sejam varridos do mapa eleitoral brasileiro.GERMANO OLIVEIRA

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