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sábado, 23 de março de 2019

GUARACIABA DO NORTE; POLITICA X SAÚDE

Por ipuemfoco   Postado  sábado, março 23, 2019   Sem Comentários


Uma denuncia feita contra o médico guaraciabense Antonio Adail Machado Castro, tornou-se recentemente um PROCESSO ÉTICO PROFISSIONAL junto ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará. 

A decisão do colegiado contra o médico Adail Machado, como é conhecido, foi aceita pelos membros da Câmara do Tribunal Regional de Ética Médica do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, por UNANIMIDADE..



A DENÚNCIA

O fator que levou a instauração do PROCESSO ÉTICO PROFISSIONAL conta Adail Machado, teve inicio com uma denuncia feita pela também médico Marcelo Teixeira Matos em 08 de dezembro de 2017, junto ao CREMEC, sobre irregularidades praticadas pelo médico Adail Machado, durante cirurgias realizadas dentro do Hospital de Guaraciaba do Norte.

Na denuncia formulada pelo médico Marcelo Teixeira Matos, e que veio a tornar-se a sindicância 116/2017, Adail é acusado de realizar cirurgias de modo irresponsável, sem a presença de um anestesista, nem tampouco de um médico cirurgião auxiliar. 

Diz ainda que os procedimentos são feitos com técnicos e auxiliares de enfermagem, enfatizando o fato de dois deles, Edson Pires e Betinho, trabalharem na cantabilidade da prefeitura de Guaraciaba. 

Marcelo cita ainda o fato de Adail Machado ser prefeito de Guaraciaba, e o acusa de exercer a medicina de forma irresponsável sendo acobertado por servidores que sofrem medo de represálias. 

Marcelo acusa ainda Adail de ordenar a mudança em sua escala de trabalho com o único interesse de prejudicá-lo em outro concurso numa perseguição política descarada. 

Segundo ele, mesmo procurando respostas escritas para as mudanças determinadas, foi informado pelo médico Elinaldo Ribeiro de Freitas, então diretor clínico, que não receberia quaisquer documentos nem dele, nem do médico Adail Machado. 

Acusa que médicos assinavam como anestesistas mesmo sem participar da cirurgia, denotando crime de responsabilidade. Cita ainda que todos os prontuários "desapareceram" à época da denuncia.

Marcelo encerra sua denuncia informando que foi passado um CADEADO no centro cirúrgico para que somente o médico Adail Machado pudesse usá-lo. Acusa também o fato de Adail, que também é político e prefeito, fazer autopromoção pessoal através das cirurgias realizadas no hospital com fotos postadas em seu perfil em rede social assumindo conotação política junto a seus eleitores e ferindo de morte o Código de Ética Médica. Pede por fim uma inspeção do CREMEC para que sejam apuradas suas denuncias. 

A RESPOSTA

Em 09 de janeiro de 2018, o médico Elinaldo Ribeiro, diretor clínico do Hospital Dão José, citou a imensa fila de cirurgias eletivas aguardando o SUS. Afirmou que Adail Machado realizou sim cirurgias no Hospital mas sempre acompanhado, citando que além de dois médicos de plantão, existiam dois enfermeiros e dois técnicos de enfermagem, somente para o centro cirúrgico. Relatou ainda que nenhuma intercorrência ou complicação surgiram nessas cirurgias.

PINGUE-PONGUE

Na sequencia, o médico Elinaldo Ribeiro acusa o médico denunciante Marcelo Matos de haver operado nas mesmas condições no mesmo centro cirúrgico em 2016, acrescentando ter como provar por prontuários e afirmando ainda que Marcelo não tem residência em cirurgia nem título de especialista. Marcelo retrucou informando que quando esteve no centro cirúrgico no ano de 2016, de quando data a denuncia, sempre esteve acompanhado de um colega e portanto nunca sozinho como tentam acusá-lo.

A INSPEÇÃO

Em fiscalização realizada pelo CREMEC ocorrida em 11 de janeiro de 2018, no Hospital São José em Guaraciaba do Norte, restou constatado, dentre outras coisas que:

a enfermaria destinada ao pós-operatório possui apenas uma maca sem leitos nem equipamentos essenciais;

não constava o nome do anestesiologista no livro dos procedimentos;

em julho de 2017 o médico Adail Machado realizou cirurgias em alguns casos auxiliados só com técnicos de enfermagem e instrumentados;

em novembro de 2017 realizou diversos procedimentos de pequeno e médio porte, sem registro do auxiliar, técnico de enfermagem e nem do instrumentador;

prontuário de paciente operada de vesícula em 20/10/17, só constando o médico Adail Machado como cirurgião e sem auxiliar.

algumas cirurgias foram realizadas pelo médico Adail Machado sem o auxiliar médico e sem o anestesiologista, contrariando as resoluções do Conselho Federal de Medicina 1.490/96 e 2.174/2017. 

em prontuários dos paciente operados pelo médico Adail, não estão preenchidos adequadamente, estando incompletos pela falta dos nomes dos membros das equipes responsáveis pelas cirurgias e a identificação do cirurgião.

RELATÓRIO

Diante dos fatos, o Conselheiro Sindicante do caso, Dr José Málbio Oliveira Rolim, opinou pela instauração do PROCESSO ÉTICO PROFISSIONAL, em desfavor do médico Antonio Adail Machado Castro em fase a denuncia apresentada pelo também médico Marcelo Teixeira Matos.

DESFECHO

Procuramos um especialista na área que se pronunciou sob condição de anonimato neste o caso. Ele nos disse que muita coisa pode acontecer, desde a absorvição com consequente arquivamento do processo, a um aviso confidencial, que é basicamente uma carta que o conselho manda para o médico, avisando-o para não repetir as infrações. Uma outra possibilidade, pode ser um aviso público, veiculado em meios de comunicação em massa, e o mais grave de todos é a cassação do exercício médico.

AS PARTES

Procuramos o médico Adail Machado afim de que ele se pronunciasse sobre o caso, desde a última segunda-feira, 18, mas até o momento desta publicação não nos foi enviada nenhuma resposta.

Já o médico Marcelo Teixeira Matos nos informou que: "O documento ratificou minhas denúncias, mas ainda não há condenação, pois ainda o Dr. Adail pode se defender. Acho-o um excelente cirurgião, o que de fato é inegável, mas o poder o cegou. Ele passou a correr riscos ao assumir cirurgias sozinho, ser o próprio anestesista. Ele usa a profissão para obter dividendos eleitorais, bate foto de suas cirurgias para promoção pessoal como político, o que é eticamente condenável. Ele coloca em risco a vida dos pacientes ao assumir cirurgias sem outros médicos na sala operatória, bem como não ter anestesista, nem equipamentos básicos. Quero que sejam divulgadas as denúncias para coibir cirurgias que não sejam seguras aos pacientes. Náo tenho NENHUMA intenção POLÍTICA em Guaraciaba, nem apoio ABSOLUTAMENTE ninguém, logo, o faço como cidadão de bem e imensamente preocupado com o bem-estar dos pacientes".ANCORA DA NOTICIA

VEJA O DOCUMENTO:











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