O deputado estadual Ferreira Aragão (PDT) alertou para o impacto que o crime organizado pode ter nas eleições deste ano. Em discurso proferido na manhã desta quinta, 2,
na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE), o parlamentar afirmou que, em diversas comunidades, não é possível fazer campanha.
“Se você for pedir voto, é assassinado”, declara. De acordo com ele, os criminosos não aceitam a presença de pessoas desconhecidas nas comunidades nas quais atuam, com pessoas correndo o risco de serem mortas por serem confundidas com integrantes de organizações rivais. “É preciso ser muito macho para entrar (nessas comunidades). É preciso não ter medo de morrer”, diz.
Para o parlamentar, o governo federal já deveria ter assumido um maior protagonismo no tema, já que a articulação das facções há muito superou as divisas estaduais.
Em aparte, Manoel Santana (PT) também reconheceu a influência que a criminalidade terá sobre o processo eleitoral. De acordo com ele, não se trata apenas de criminosos impedindo campanhas, mas mesmo apoiando nomes nas disputas para defender seus interesses. “São narcopolíticos que querem apropriar-se dos votos dos pobres”, explica.
Capitão Wagner (Pros), em discurso, afirmou que o País caminha para uma “mexicanização”, com criminosos tendo ampla influência nas eleições, inclusive assassinando candidatos que se contraponham a eles. Entretanto, o parlamentar responsabiliza o governo estadual pela crise da segurança.por Renato Sousa/ Edison Silva
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