Pages

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

APÓS VIRAR ALVO DA LAVA JATO,CAIXA TERÁ DE ENCOLHER PARA SE MANTER

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, janeiro 22, 2018   Sem Comentários


Um dos maiores escândalos políticos no Brasil no ano passado envolveu o então vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição, Geddel Vieira Lima.

O uso político da Caixa fez o banco se tornar o maior na concessão de empréstimos, mas hoje a instituição paga um preço alto: virou alvo da Lava Jato, teve de afastar quatro executivos por irregularidades e, sem socorro do governo, terá de encolher para cumprir as regras internacionais de solidez financeira.

O presidente Gilberto Occhi (PP), que também está sob investigação por irregularidades, tentou primeiro obter dinheiro do Tesouro. Depois, do FGTS. 


Mas sofreu um revés, e a saída agora, segundo pessoas que acompanham as discussões, é vender parte da carteira de crédito e repassar menos dividendos à União. Com isso, seria possível levantar R$ 15 bilhões.

Braço da União na implementação de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o Fies, a Caixa foi loteada: das 12 vice-presidências, 8 foram indicações políticas.

Pego pela PF na Operação Cui Bono, o então vice-presidente de Pessoa Jurídica (hoje chamada de Corporativa), Geddel Vieira Lima, é acusado de aprovar empréstimos em troca de propina ou para agradar a políticos.

Para liberar de R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões em financiamentos para empresas, Geddel recebeu ao menos R$ 20 milhões em propina, segundo o delator Lúcio Funaro, operador do esquema no banco.

EXPANSÃO

A Caixa cresceu bastante durante os dois mandatos de Lula. Quando ele assumiu o governo, em 2003, tinha R$ 18,8 bilhões na carteira de crédito. Em 2011, na chegada de Dilma ao poder, esse estoque já era de R$ 212,7 bilhões.

A ex-presidente acelerou a política expansionista ainda mais e usou o banco para forçar as demais instituições a baixar os juros. Esse movimento foi acompanhado por uma diversificação das atividades da Caixa, que passou a fazer consignado e até financiamento de veículos.

Auditores do TCU (Tribunal de Contas da União) consideram que até programas sociais foram lançados "sem muita consistência". Criado em 2014, o Minha Casa Melhor, por exemplo, gerou prejuízo de cerca de R$ 500 milhões no primeiro ano.

Em 2016, quando Dilma deixou o governo, a Caixa já estava à frente do Banco do Brasil, com R$ 661 bilhões na carteira de crédito. A receita bateu em R$ 22,4 bilhões, mas o lucro foi de R$ 4,1 bilhões, segundo levantamento da consultoria Austin Asis.

"A Caixa foi quase uma extensão do Orçamento federal, uma forma de gastar sem prestar contas e segurar a crise financeira pelo crédito", disse Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Asis.

Segundo ele, a Caixa viu seu capital minguar diante dos custos elevados da prestação de serviços e do pagamento de dividendos bilionários para que o governo cumprisse suas metas fiscais.

Desde 1995, quando FHC assumiu o cargo, até o fim de 2016, a Caixa pagou quase R$ 40 bilhões à União, em valores corrigidos pela inflação. 


Somente com Dilma, o banco remeteu ao controlador R$ 29 bilhões -72,5% do total. Nesse mesmo período, o lucro do banco caiu 20%.

Sob Dilma, a eficiência medida pela relação despesas/receita bateu em 71%. Hoje está em 59%. Os bancos privados têm índice abaixo de 50%, diz Santacreu.

Desse período, diversas operações ainda seguem sob investigação do TCU. Os auditores questionam desde manobras para aumento do lucro até distribuição de dividendos.
Com informações da Folhapress.

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee