O deputado Vitor Valim (PMDB) disse que, caso a denúncia seja encaminhada para Câmara, manterá a mesma postura votando pela continuidade das investigações.
Assim como na primeira denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer, caberá à Câmara dos Deputados decidir se autoriza a continuidade das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) da segunda, apresentada na semana passada.
É só com a autorização dos deputados federais que o Supremo pode analisar se torna Temer réu. Sem o aval dos parlamentares, a denúncia fica suspensa, como ocorreu com a primeira. Deputados ouvidos pelo jornal O Estado avaliam o impacto e explicam suas expectativas para chegada da matéria à Casa.
A matéria, por sua vez, só deverá ser encaminhada a Câmara depois da quarta-feira (20). Isto porque o ministro Edson Fachin, do STF, decidiu aguardar a análise no plenário de uma questão de ordem que discute se o andamento da denúncia deve ser suspensa, enquanto não forem esclarecidos problemas descobertos na delação de Joesley Batista e Ricardo Saud, respectivamente, dono e ex-executivo do Grupo J&F.
Na última quinta-feira (14), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de organização criminosa e de obstrução de Justiça.
Valim
Em entrevista, o deputado Vitor Valim (PMDB) disse que, caso a denúncia seja encaminhada para Câmara, manterá a mesma postura. Isto porque ele votou, em agosto deste ano, pela continuidade das investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara, acusado de corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Valim afirmou ainda que a denúncia apresentada tem seu peso – inclusive por incluir caciques peemedebistas, alguns deles no alto escalão do governo – e invariavelmente tem impacto no andamento dos demais trabalhos na Câmara.
O parlamentar, por sua vez, disse receber com “tristeza” ao ver nomes do seu partido acusados de “graves crimes”. E apelou para a reflexão dos demais parlamentares. “Espero que os parlamentares que se posicionaram de forma diferente, agora, possam refletir e deixar o Judiciário fazer sua parte e, nós, parlamentares, façamos a nossa, que é legislar. Acho que isso que deve ser feito”, salientou ele.
Guimarães
O deputado José Guimarães (PT) prometeu trabalhar pela aceitação da denúncia e, para isso, pretende mobilizar a população e dos movimentos sociais para pressionar os parlamentares. Para ele, a atual denúncia é ainda mais “grave” que a anterior. Além disso, o petista defendeu a tramitação célere na Casa.
“A segunda [denúncia] é mais grave que a primeira. Ela impacta a sociedade e traz novos elementos e nos obriga procurar uma apuração rigorosa”, frisou o parlamentar, que ainda afirmou: “Temer perdeu as condições políticas e morais”.
Lopes
Para o deputado Chico Lopes (PCdoB), as denúncias são “concretas” e, por si só, causarão a “queda”de Michel Temer. “O governo Temer já acabou. É apenas um passado que ainda teima em não querer passar”, frisou o parlamentar, acrescentando que o peemedebista agora deverá “oferecer mundos aos aliados para novamente rejeitarem a denúncia”.
Danilo
O deputado Danilo Forte (PSB), aliado do Governo, também defende celeridade na tramitação da matéria, até porque, segundo ele, a demora traz ainda mais “instabilidade” ao atual cenário. Ele, inclusive, prometeu aprofundar a análise da denúncia por ser membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde a matéria será inicialmente analisada, antes de ir a plenário.
Mais
De acordo com a Constituição Federal, para que Temer vire réu, a Câmara deve autorizar a abertura de uma ação penal contra o presidente no Supremo. Para isso, são necessários os votos de ao menos 342 deputados. No início de agosto, os deputados rejeitaram o prosseguimento de uma denúncia por corrupção contra Temer. Em agosto, a Câmara rejeitou a autorização para o Supremo julgar a primeira denúncia, por corrupção passiva. Foram 263 votos contrários à autorização e apenas 227 favoráveis.Com informações do OE/POLITICACOMK
É só com a autorização dos deputados federais que o Supremo pode analisar se torna Temer réu. Sem o aval dos parlamentares, a denúncia fica suspensa, como ocorreu com a primeira. Deputados ouvidos pelo jornal O Estado avaliam o impacto e explicam suas expectativas para chegada da matéria à Casa.
A matéria, por sua vez, só deverá ser encaminhada a Câmara depois da quarta-feira (20). Isto porque o ministro Edson Fachin, do STF, decidiu aguardar a análise no plenário de uma questão de ordem que discute se o andamento da denúncia deve ser suspensa, enquanto não forem esclarecidos problemas descobertos na delação de Joesley Batista e Ricardo Saud, respectivamente, dono e ex-executivo do Grupo J&F.
Na última quinta-feira (14), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de organização criminosa e de obstrução de Justiça.
Valim
Em entrevista, o deputado Vitor Valim (PMDB) disse que, caso a denúncia seja encaminhada para Câmara, manterá a mesma postura. Isto porque ele votou, em agosto deste ano, pela continuidade das investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara, acusado de corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Valim afirmou ainda que a denúncia apresentada tem seu peso – inclusive por incluir caciques peemedebistas, alguns deles no alto escalão do governo – e invariavelmente tem impacto no andamento dos demais trabalhos na Câmara.
O parlamentar, por sua vez, disse receber com “tristeza” ao ver nomes do seu partido acusados de “graves crimes”. E apelou para a reflexão dos demais parlamentares. “Espero que os parlamentares que se posicionaram de forma diferente, agora, possam refletir e deixar o Judiciário fazer sua parte e, nós, parlamentares, façamos a nossa, que é legislar. Acho que isso que deve ser feito”, salientou ele.
Guimarães
O deputado José Guimarães (PT) prometeu trabalhar pela aceitação da denúncia e, para isso, pretende mobilizar a população e dos movimentos sociais para pressionar os parlamentares. Para ele, a atual denúncia é ainda mais “grave” que a anterior. Além disso, o petista defendeu a tramitação célere na Casa.
“A segunda [denúncia] é mais grave que a primeira. Ela impacta a sociedade e traz novos elementos e nos obriga procurar uma apuração rigorosa”, frisou o parlamentar, que ainda afirmou: “Temer perdeu as condições políticas e morais”.
Lopes
Para o deputado Chico Lopes (PCdoB), as denúncias são “concretas” e, por si só, causarão a “queda”de Michel Temer. “O governo Temer já acabou. É apenas um passado que ainda teima em não querer passar”, frisou o parlamentar, acrescentando que o peemedebista agora deverá “oferecer mundos aos aliados para novamente rejeitarem a denúncia”.
Danilo
O deputado Danilo Forte (PSB), aliado do Governo, também defende celeridade na tramitação da matéria, até porque, segundo ele, a demora traz ainda mais “instabilidade” ao atual cenário. Ele, inclusive, prometeu aprofundar a análise da denúncia por ser membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde a matéria será inicialmente analisada, antes de ir a plenário.
Mais
De acordo com a Constituição Federal, para que Temer vire réu, a Câmara deve autorizar a abertura de uma ação penal contra o presidente no Supremo. Para isso, são necessários os votos de ao menos 342 deputados. No início de agosto, os deputados rejeitaram o prosseguimento de uma denúncia por corrupção contra Temer. Em agosto, a Câmara rejeitou a autorização para o Supremo julgar a primeira denúncia, por corrupção passiva. Foram 263 votos contrários à autorização e apenas 227 favoráveis.Com informações do OE/POLITICACOMK
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