Um dos detalhes mais fascinantes das delações premiadas é ver corruptos contarem, com riqueza de detalhes e sem pudores, como engendravam o roubo ao patrimônio público.
É curioso como, a partir de certo ponto, eles deixam de demonstrar qualquer vergonha.
Talvez na intenção de convencer os investigadores da relevância e gravidade do que narram, eles chegam a revelar alguma empolgação, até, com o crime que cometeram. Um toque de fascínio com aquilo de que foram capazes.
Chamou-me atenção o relato de Fernando Reis, ex-executivo da Odebrecht. Ele conta sobre as reuniões com o cearense Sergio Machado, então presidente da Transpetro. De tudo que vi sobre a Lava Jato, ninguém se revelou tão metódico e cuidadoso quanto o ex-senador. Aliás, esse é seu estilo desde os tempos em que foi o todo-poderoso secretário de Governo, no primeiro mandato de Tasso Jereissati, entre 1987 e 1991.
Reis revela que, nas reuniões para tratar de propina, a secretária recolhia todos os telefones celulares. O encontro ocorria numa sala com isolamento acústico, no décimo andar do prédio da Transpetro, no centro do Rio de Janeiro. Durante a conversa, a música era mantida alta. Machado temia gravações. Ele viria a se notabilizar na Lava Jato pelas gravações com personagens como Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP). Sabia o potencial de estrago daquilo que queria evitar.Da Coluna Política/pelo jornalista Érico Firmo
Chamou-me atenção o relato de Fernando Reis, ex-executivo da Odebrecht. Ele conta sobre as reuniões com o cearense Sergio Machado, então presidente da Transpetro. De tudo que vi sobre a Lava Jato, ninguém se revelou tão metódico e cuidadoso quanto o ex-senador. Aliás, esse é seu estilo desde os tempos em que foi o todo-poderoso secretário de Governo, no primeiro mandato de Tasso Jereissati, entre 1987 e 1991.
Reis revela que, nas reuniões para tratar de propina, a secretária recolhia todos os telefones celulares. O encontro ocorria numa sala com isolamento acústico, no décimo andar do prédio da Transpetro, no centro do Rio de Janeiro. Durante a conversa, a música era mantida alta. Machado temia gravações. Ele viria a se notabilizar na Lava Jato pelas gravações com personagens como Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP). Sabia o potencial de estrago daquilo que queria evitar.Da Coluna Política/pelo jornalista Érico Firmo
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