Se por um lado falta dinheiro, por outro sobram responsabilidades e respostas a dar para o eleitor que, muitas vezes, está, literalmente, batendo na porta da gestão para cobrar o atendimento de suas demandas.
Assumir o comando de uma prefeitura, em tempo de crise econômica, não está sendo fácil. A reclamação é a mesma entre diferentes prefeitos ouvidos pelo jornal O Estado: se por um lado falta dinheiro, por outro sobram responsabilidades e respostas a dar para o eleitor que, muitas vezes, está, literalmente, batendo na porta da gestão para cobrar o atendimento de suas demandas.
Alguns dos novos prefeitos cearenses alegam ter chegado a este cenário com um agravante: a casa desarrumada pelos antecessores. Seca, desmonte da máquina pública e escassez de recursos continuam sendo as principais reivindicações que os eleitos dizem que estão tendo de contornar à frente da administração municipal.
De olho neste cenário, a Aprece (Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará), em parceria com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), realizou seminário para oferecer conhecimento técnico, visando os melhores caminhos a serem tomados pelos gestores municipais no enfrentamento das dificuldades iniciais dos mandatos e na busca por soluções que fortaleçam e tornem cada vez mais eficientes as gestões.
Calamidade
Em Santana do Acaraú, o prefeito Marcelo Arcanjo (PMDB) caracterizou a situação de “calamidade administrativa”, pois, segundo ele, herdou à prefeitura com os cofres vazios. Segundo disse, apesar da transição entre governos, medidas adotadas no final da gestão foram gastos no último dia da administração anterior. Em razão dos problemas, segundo o prefeito, tentar equacionar as dívidas e as atuais despesas. “Estou encaminhando as documentações para que ele possa ser punido. Mas, os recursos foram gastos e o município não tem como reaver este dinheiro”, frisou ele.
Abastecimento
Na cidade de Caririaçu, por exemplo, além da falta de dinheiro, a seca também preocupa o prefeito Edmilson Leite, pois o abastecimento tem sido feito por meio de carros-pipas. Gestor de uma cidade com mais de 26 mil habitantes, o prefeito apontou que assumiu os municípios com muitas dívidas, desde energia elétrica até inadimplência tanto à nível do governo federal quanto estadual.
“Estamos procurando reunir os secretários e pedindo para fazer economia. Já cortei pela metade o secretariado. As nomeações e contratações foram encerradas”, disse ele, acrescentando que seu objetivo é reabilitar a capacidade de investimentos das prefeituras, além de manter a folha do pagamento em dia. Ele alertou que encontrou o Município com cargos comissionados acima do permitido pela Lei de Responsabilidade.
Repasses
Reeleito, prefeito Weber Araújo (PRB) alertou que há anos os repasses não são suficientes nem mesmo para fechar as contas de funcionários dos serviços básicos prestados à população. Segundo ele, a situação mais preocupante se reflete na redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios e ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços). Em razão do problema, desde a gestão passada, vem adotando medidas para equilibrar as contas.
Mais
Nesta quinta-feira (26), os prefeitos elegem a nova Diretoria Executiva e dos Conselhos Fiscal e Deliberativo da Aprece, para o biênio 2017/2018. Chapa única, os gestores devem conduzir o prefeito de São Benedito, Gadiel Gonçalves ao cargo. A solenidade de posse ocorrerá na sede da entidade.
Com informações do OE/POLITICACOMK
Alguns dos novos prefeitos cearenses alegam ter chegado a este cenário com um agravante: a casa desarrumada pelos antecessores. Seca, desmonte da máquina pública e escassez de recursos continuam sendo as principais reivindicações que os eleitos dizem que estão tendo de contornar à frente da administração municipal.
De olho neste cenário, a Aprece (Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará), em parceria com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), realizou seminário para oferecer conhecimento técnico, visando os melhores caminhos a serem tomados pelos gestores municipais no enfrentamento das dificuldades iniciais dos mandatos e na busca por soluções que fortaleçam e tornem cada vez mais eficientes as gestões.
Calamidade
Em Santana do Acaraú, o prefeito Marcelo Arcanjo (PMDB) caracterizou a situação de “calamidade administrativa”, pois, segundo ele, herdou à prefeitura com os cofres vazios. Segundo disse, apesar da transição entre governos, medidas adotadas no final da gestão foram gastos no último dia da administração anterior. Em razão dos problemas, segundo o prefeito, tentar equacionar as dívidas e as atuais despesas. “Estou encaminhando as documentações para que ele possa ser punido. Mas, os recursos foram gastos e o município não tem como reaver este dinheiro”, frisou ele.
Abastecimento
Na cidade de Caririaçu, por exemplo, além da falta de dinheiro, a seca também preocupa o prefeito Edmilson Leite, pois o abastecimento tem sido feito por meio de carros-pipas. Gestor de uma cidade com mais de 26 mil habitantes, o prefeito apontou que assumiu os municípios com muitas dívidas, desde energia elétrica até inadimplência tanto à nível do governo federal quanto estadual.
“Estamos procurando reunir os secretários e pedindo para fazer economia. Já cortei pela metade o secretariado. As nomeações e contratações foram encerradas”, disse ele, acrescentando que seu objetivo é reabilitar a capacidade de investimentos das prefeituras, além de manter a folha do pagamento em dia. Ele alertou que encontrou o Município com cargos comissionados acima do permitido pela Lei de Responsabilidade.
Repasses
Reeleito, prefeito Weber Araújo (PRB) alertou que há anos os repasses não são suficientes nem mesmo para fechar as contas de funcionários dos serviços básicos prestados à população. Segundo ele, a situação mais preocupante se reflete na redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios e ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços). Em razão do problema, desde a gestão passada, vem adotando medidas para equilibrar as contas.
Mais
Nesta quinta-feira (26), os prefeitos elegem a nova Diretoria Executiva e dos Conselhos Fiscal e Deliberativo da Aprece, para o biênio 2017/2018. Chapa única, os gestores devem conduzir o prefeito de São Benedito, Gadiel Gonçalves ao cargo. A solenidade de posse ocorrerá na sede da entidade.
Com informações do OE/POLITICACOMK
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