Um elevador para deficientes físicos foi construído para dar acesso a um andar inexistente na Escola Municipal Professor Denizard Macedo, no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o caso está sendo apurado pela 16ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação.
Em 2014, foi realizada uma vistoria técnica pelo Ministério Público na instituição. Com o procedimento, foram encontrados diversos problemas na infraestrutura da escola, dentre eles, que a acessibilidade no prédio estava comprometida, em especial nos banheiros e biblioteca.
Para regularizar este e outros itens, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Fortaleza, no mês de setembro daquele ano, em que o Município se comprometeu a regularizar todos os itens apontados, inclusive com a realização das obras de adaptação de acessibilidade aos alunos com necessidades especiais e mobilidade reduzida.
Em maio do ano passado, a Promotoria de Justiça recebeu um relatório sobre a finalização da obra, comprovando, em tese, que a escola estava com todos os itens referentes à acessibilidade, regularizados. O documento ainda incluía fotos da instalação de plataforma elevatória”, realizada por uma empresa contratada pela Prefeitura de Fortaleza.
Entretanto, segundo a promotora de Justiça Elizabeth Maria Almeida de Oliveira, o Ministério Público do Ceará recebeu uma denúncia de que o elevador estaria com o funcionamento comprometido.“De primeiro, eu não havia conseguido compreender a denúncia do cidadão, de que o elevador 'não tinha chão', então, eu fui à escola para entender, foi quando constatei esse absurdo. Mesmo o espaço já possuindo rampa de acessibilidade, foi construído um elevador que não leva a lugar algum e que custou aos cofres públicos mais de R$ 50 mil reais, além de um valor que é pago periodicamente para manutenção do equipamento”, disse.
De acordo com a Promotora, “é possível que o caso seja encaminhado para a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, a depender da origem do recurso investido, caso não seja uma verba da Educação, porém, é garantido que o Ministério Público vai apurar as responsabilidades pelo ocorrido e já estamos requerendo à Prefeitura de Fortaleza mais detalhes sobre o caso”.
O Cnews procurou a Secretaria Municipal de Educação (SME), mas até a publicação desta nota, não houve retorno.CNEWS
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