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domingo, 20 de novembro de 2016

TÁXI CLANDESTINO; SUPERNEGÓCIO À MARGEM DA LEI

Por ipuemfoco   Postado  domingo, novembro 20, 2016   Sem Comentários


Um serviço que nasceu da escassez do transporte regulamentado, o táxi amigo domina a rotina de áreas não somente da periferia, mas de toda a Cidade.
Para o motorista, uma alternativa ao desemprego. Para as centrais, um negócio com potencial milionário. 

Cobrando R$ 450 por mês de quem está ao voltante, com 200 carros, o faturamento chega a R$ 90 mil mensais. Ao ano, 1,08 milhão.

Para ingressar no negócio e “seguir carreira” como motorista, basta ter carro em bom estado de conservação e passar por “entrevista” com o proprietário ou responsável pela central de transporte. 

O ano do automóvel, itens de série (ar-condicionado) e o modelo são avaliados antes de ingressar no serviço. E o mais importante: o endereço da sede é preservado para que não haja o “estouro” de uma fiscalização.

Manutenção do automóvel e combustível fica por conta do motorista. Para agregar o carro, algumas centrais cobram em média R$ 25 por dia ou R$ 150 por semana. Desse valor, saem os recursos para cobrir os custos operacionais (pagamento de pessoal, energia elétrica etc). As corridas são distribuídas por telefone ou via aplicativo.

“Na semana, você consegue fazer R$ 250 (ao dia). Nos finais de semana R$ 700 (ao dia), por causa dos eventos”, destaca o dono de uma central de táxi no Meireles que não quis se identificar. A cooperativa tem 10 carros agregados.

Sem a regulamentação do serviço, motoristas estão sujeitos à fiscalização. “Temos grupos de WhatssApp que mapeiam as áreas onde a fiscalização está”, diz Robson Vale, motorista que atua numa central no bairro Serrinha. 

“É bom sempre perguntar ao passageiro se o dinheiro está trocado ou se ele pode adiantá-lo. Explico que é por segurança. Muitos aceitam”, diz. Sobre os ganhos, diz que o tempo já foi melhor. “Para tirar R$ 3,5 mil num mês o cara trabalha muito. Com muitas centrais na Cidade, você perde corridas”.

Algumas regiões de Fortaleza requerem “permissão” para atuar. Um motorista que atua como permissionário (popularmente conhecido como “rendeiro”) e que possui uma central de táxi amigo fala da situação no bairro Aerolândia. 

“Um traficante me disse que poderia rodar no bairro. Não precisaria pagar pedágio. Teria a garantia de que ninguém mexeria comigo. A recomendação era, ao entrar na região, baixar os vidros do automóvel”.O POVO

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