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domingo, 8 de maio de 2016

LIVRE DE CUNHA, DILMA MERECE UMA SEGUNDA CHANCE??

Por ipuemfoco   Postado  domingo, maio 08, 2016   Sem Comentários

Em seu primeiro mandato, a presidente Dilma Rousseff chegou a ostentar índices de aprovação superiores aos do ex-presidente Lula. Conseguiu a façanha quando cultivava a imagem de "faxineira", varrendo corruptos da administração pública. 

Tudo foi bem até junho de 2013, quando as manifestações de rua começaram a atingir sua popularidade. No entanto, apesar da queda, ela ainda manteve o Brasil em pleno emprego, com as menores taxas de desocupação da história, até meados de 2014.

Depois da posse no segundo mandato, tudo começou a virar. De um lado, a Operação Lava Jato praticamente paralisou o setor de infra-estrutura. No front externo, a queda das commodities atingiu duramente os países emergentes, incluindo o Brasil. E, internamente, Dilma não conseguiu levar adiante suas medidas de ajuste, traçadas pelo então ministro Joaquim Levy.

O principal motivo para a paralisia interna foi a sabotagem do Congresso Nacional, onde duas forças se uniram. De um lado, a oposição golpista, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que passou a falar em impeachment um dia depois da derrota nas eleições presidenciais. 

De outro, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não apenas travou todas as medidas de ajuste fiscal, como também lançou suas pautas-bomba, com apoio total e irrestrito do PSDB.

Foi esse coquetel explosivo – o do 'quanto pior, melhor' – que lançou o Brasil numa das mais profundas recessões de sua história e criou a sensação de desgoverno. No entanto, a oposição, com suas alianças na mídia tradicional, foi competente ao propagar a versão de que toda a recessão seria fruto dos exageros da presidente Dilma Rousseff com suas "pedaladas" – como se não houvesse nem Lava Jato, nem a queda da China e muito menos a sabotagem no parlamento.

Incapacidade de governar

Dilma estaria então sendo afastada por sua incapacidade de governar, como afirmou em entrevista publicada neste domingo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (leia aqui). Ocorre que essa "incapacidade de governar" tem nome, sobrenome e acaba de ser removida pelo próprio STF. 

Trata-se do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que controla uma bancada numericamente poderosa e decidiu sabotar o governo desde que assumiu o comando do Legislativo.

Com Cunha fora, abre-se uma janela de oportunidade para que o País avance. Afinal, se Dilma foi capaz de governar enquanto Cunha não era presidente da República, produzindo – repita-se, a menor taxa de desemprego da história –, por que não seria capaz novamente?

Há quem diga que seria melhor mudar e tentar virar o jogo com o vice-presidente Michel Temer. No entanto, Temer vem tendo grandes dificuldades para montar um ministério. Já desistiu da ideia de reduzir o número de pastas e de chamar notáveis para fazer parte do seu governo. 

Além disso, recuou na proposta de independência do Banco Central e, muito provavelmente, não terá força política para levar adiante uma proposta de reforma da Previdência – reforma que, por sinal, era defendida por Dilma, mas sabotada por Cunha e seus aliados.

Há, ainda, uma diferença essencial entre um governo Dilma sem Cunha e um governo Temer. Ela foi eleita e, portanto, tem legitimidade. Temer, considerado usurpador por boa parte da sociedade e rejeitado pela ampla maioria da população, é ilegítimo.

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