O Senado deverá abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em sessão nesta quarta (11). Com voto de maioria simples,
parlamentares deverão afastar Dilma pelo prazo máximo de 180 dias.
parlamentares deverão afastar Dilma pelo prazo máximo de 180 dias.
O vice Michel Temer (PMDB) assume assim que for notificado da decisão. A votação será aberta no painel eletrônico.
Presidente do Senado, Renan Calheiros afirmou que pretende ter com Michel Temer, caso este assuma a Presidência da República, a mesma relação que possui atualmente com Dilma Rousseff, “de muita independência, mas especialmente de harmonia”: "Meu papel como presidente do Congresso é conversar com todos os atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com bom senso, com responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a situação de impasse que está apavorando o Brasil", afirmou.
Leia abaixo reportagem da Agência Senado sobre o procedimento da votação no Senado:
A sessão extraordinária para votar a instauração do processo de impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff, começa às 9h desta quarta-feira (11). Os oradores inscritos, contra e a favor do parecer da Comissão Especial do Impeachment, falarão alternadamente por até 15 minutos cada um e apenas uma vez. Não será permitida orientação da bancada pelos líderes e também não serão permitidos apartes.
— Como esse é um julgamento, qualquer orientação de líderes ajudaria a partidarizar o assunto, o que não é bom que aconteça — ponderou o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Até o início da noite desta terça-feira (10) já estavam inscritos 65 parlamentares. Como cada senador terá 10 minutos para discutir e mais cinco minutos para encaminhar o voto, a expectativa é de que sejam mais de 15 horas de sessão, dividida em três blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o termino da votação.
Renan advertiu os senadores sobre a impossibilidade de eles falarem mais do que o tempo determinado, pois os microfones das duas tribunas desligarão automaticamente ao final dos 15 minutos.
— Para permitir um melhor planejamento de cada senador e de cada senadora, eu vou comunicar quando estiverem faltando dois minutos e quando estiver faltando um minuto para permitir uma sintetização, um arremate da intervenção de cada parlamentar — explicou.
Ao final das inscrições, o relator da Comissão Especial, Antonio Anastasia (PSDB-MG), usará a palavra por 15 minutos. Em seguida, falará o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que defende Dilma, também por 15 minutos.
Finalmente, a votação será aberta no painel eletrônico. Para ser aprovado, o relatório precisa da maioria simples (metade mais um), presentes pelo menos 41 senadores. Renan Calheiros não quis antecipar o prazo para a notificação da presidente Dilma Rousseff, caso a decisão do Plenário seja pelo seu afastamento.
— Isso não está definido. A citação, se for o caso, será feita pelo 1º secretário — enfatizou.
Michel Temer
Renan Calheiros também afirmou que pretende ter com Michel Temer, caso este assuma a Presidência da República, a mesma relação que possui atualmente com Dilma Rousseff, “de muita independência, mas especialmente de harmonia”.
— Meu papel como presidente do Congresso é conversar com todos os atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com bom senso, com responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a situação de impasse que está apavorando o Brasil — afirmou.
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