A maioria busca só interlocução com o governo para atender as demandas de seus redutos eleitorais. Para esses deputados, não importa se está no poder Dilma, Michel Temer (PMDB), o Tiririca (PR) ou o Cristiano Ronaldo.
Querem estar bem com quem estiver no cargo. Votarão no lado que acharem que vai ganhar. Como impeachment é favorito, isso explica a debandada.
Debandada
Se resta alguma esperança ao governo Dilma Rousseff (PT) de escapar do impeachment, ela está nas traições e faltas. São da rotina do Poder Legislativo, mas são cada vez mais improváveis. A situação do governo se deteriorou rapidamente. Aliados debandaram.
A oferta de cargos num governo prestes a cair se mostrou infrutífera, por óbvio. O afastamento da presidente caminha célere para a aprovação.
O Palácio do Planalto deu o principal sinal de que sentiu o baque. Na semana passada, gente dentro do governo dizia que a estratégia seria ir para o voto em plenário caso houvesse segurança do placar suficiente para barrar o impeachment.
Porém, se os cálculos indicassem que o Planalto não teria adesões o bastante, a questão poderia ser levada à Justiça para tentar interromper a tramitação. Ontem, a Advocacia-Geral da União anunciou que iria ao Supremo Tribunal Federal.
Já Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reviu a forma como pretendia conduzir a votação e que era questionada pelo governo. O presidente da Câmara mostra querer reduzir a margem para polêmica no Judiciário. Além disso, aparenta segurança de que o impeachment será aprovado. Um lado age como vencido. Outro, como vencedor.
Se há possibilidade de o governo se salvar, ela está nas ausências. Faltar é a forma mais simples de os deputados ficarem a favor de Dilma sem se desgastar com a opinião pública. Parlamentares declaradamente a favor do impeachment podem, por exemplo, ser subitamente acometidos por algum problema de saúde que os impeça de comparecer.
A oferta de cargos num governo prestes a cair se mostrou infrutífera, por óbvio. O afastamento da presidente caminha célere para a aprovação.
O Palácio do Planalto deu o principal sinal de que sentiu o baque. Na semana passada, gente dentro do governo dizia que a estratégia seria ir para o voto em plenário caso houvesse segurança do placar suficiente para barrar o impeachment.
Porém, se os cálculos indicassem que o Planalto não teria adesões o bastante, a questão poderia ser levada à Justiça para tentar interromper a tramitação. Ontem, a Advocacia-Geral da União anunciou que iria ao Supremo Tribunal Federal.
Já Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reviu a forma como pretendia conduzir a votação e que era questionada pelo governo. O presidente da Câmara mostra querer reduzir a margem para polêmica no Judiciário. Além disso, aparenta segurança de que o impeachment será aprovado. Um lado age como vencido. Outro, como vencedor.
Se há possibilidade de o governo se salvar, ela está nas ausências. Faltar é a forma mais simples de os deputados ficarem a favor de Dilma sem se desgastar com a opinião pública. Parlamentares declaradamente a favor do impeachment podem, por exemplo, ser subitamente acometidos por algum problema de saúde que os impeça de comparecer.
Uma falta e um voto contra o impeachment têm resultado igual. O número de faltosos tenderá a ser tão maior quanto melhor estiver a situação do governo. No começo da semana, a tendência era de muitas faltas. Hoje, devem ser cada vez menos.ÉRICO FIRMO/OPOVO
0 comentários:
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.