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segunda-feira, 28 de março de 2016

EUNÍCIO OLIVEIRA TENTOU CONVENCER MICHEL TEMER A RETARDAR DECISÃO DO PMDB ROMPER COM O GOVERNO DILMA

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, março 28, 2016   Sem Comentários

O líder do PMDB no Senado,Eunício Oliveira (CE), afirmou que não logrou êxito ao tentar convencer o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, a deixar para 12 de abril
se o partido romperá ou não com governo Dilma Rousseff. O partido, segundo ele, está fracionado.
Eunício Oliveira afirmou que foi "chamado" à casa do vice-presidente Michel Temer para tratar do prazo estipulado para definição do PMDB. Se sairá da base de apoio do Governo Federal, ou não, no dia 29 próximo.

Uma moção aprovada na Convenção Nacional do PMDB estabeleceu prazo de 30 dias, para a decisão do partido como um todo.

“Eu fui à casa de Michel Temer fazer uma ponderação em nome dos parlamentares, em nome da bancada, do partido, em nome da nossa unidade para encontrarmos uma saída negociada. Muitos desejavam que fossem dentro da data que foi definida pela moção na convenção nacional que é no dia 12 de abril. O presidente achou por bem fazer a convocação para o dia 29”, contou Eunício Oliveira.

Saída em bloco

Ao encontra-se com Michel Temer, o líder do PMDB no Senado também levou o pensamento da bancada da Câmara e a preocupação com os ministros peemedebistas de que seria interessante a saída em bloco do governo, no dia 12 de abril, caso houvesse a decisão de rompimento do PMDB com o governo Dilma.

Eunício Oliveira admitiu que não teve êxito na conversa, pois Michel Temer manteve a data do dia 29 como definitiva. “Então, dia 29 o PMDB vai definir se mantém aquela moção que foi encaminhada pela convenção nacional ou se rejeita essa moção no dia 29. Se ela for confirmada o partido tem que deixar a base de sustentação do governo. Se não for aprovada mantém-se tudo como está”, complentou.

De acordo com Eunício Oliveira, havia um entendimento dos ministros peemedebistas de entregar os cargos, se fosse o caso, em consenso com a liderança da Câmara, no dia 12. Ou seja, na data que se completam os 30 dias da apresentação da moção. “Se mantida para o dia 29, haveria uma divisão interna no partido. E foi por esse motivo que eu procurei o presidente Michel Temer ontem à noite para fazermos um entendimento”, disse.

Racha incomoda
Ele lamentou que não foi possível obter entendimento com Michel Temer. E acrescentou que “o partido vai para essa data fracionado, dividido o que não é, no meu entendimento, conveniente num momento de extrema crise por que passa o País tanto do ponto de vista político, quanto do ponto de vista econômico”.

Eunício Oliveira ressaltou que a decisão será do Diretório Nacional do PMDB, mesmo com a presidente Dilma Rousseff pedindo que o PMDB permaneça lado a lado. “É natural que o apelo da presidente Dilma, em relação à governabilidade do país. Ele é importante. Eu digo que, mesmo o PMDB tomando a decisão no dia 29 de se afastar do governo o PMDB não será responsável aqui nessa Casa, tenho certeza que na outra, em relação ao País.”

Ele antecipou que quanto àquelas matérias que forem do interesse do País, “mesmo o PMDB ficando numa posição de independência”, elas deverão ser votadas.

Cuidado com País

O líder do PMDB disse que encaminhará favoravelmente ao País. “Eu não vou sair do Brasil e o Brasil não vai sair daqui onde ele está. Então, nós teremos, enquanto homens públicos, que cuidar do País”, frisou.

O senador do Ceará manifestou não compreender qual a diferença entre se posicionar frente ao apoio ou não à Dilma Rousseff no dia 29 ou dia 12. “Não sei porque não fazer essa reunião o próximo dia 12 numa convergência partidária, repito, num momento de crise tão grave o PMDB não pode se dividir, um partido que tem a responsabilidade de dar sustentação ao Brasil”, enfatizou.

Temer dividiu

Questionado qual seria a razão de Michel Temer antecipar a decisão do partido para o dia 29, Eunício Oliveira respondeu desconhecer.

“Sinceramente, não sei o que levou o meu presidente do PMDB, Michel Temer a tomar a decisão de antecipar do dia 12 para o dia 29, não era postecipar, nem postergar a data do dia 12. Era para manter a data do dia 12, que foi a data definida na convenção nacional. Ora, se a data do dia 12 você unificava o partido, não tem por que antecipar para o dia 29 e dividir o partido. Sinceramente, discordo da posição”, reforçou.

Para Eunício de Oliveira, romper com o governo não significa apoiar o impeachment. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, enfatizou.

E se o PMDB do Senado continua sendo o fiel da balança do apoio à Dilma? “O PMDB do Senado continua do mesmo tamanho, no mesmo equilíbrio de sempre, nós não temos a menor condição de fazer a antecipação de uma matéria (impeachment) que ainda está tramitando na Câmara dos Deputados. Não sabemos nem se essa matéria chegará ao Senado” ponderou.

Ele acrescentou que “quando essa matéria chegar ao Senado, não tenham dúvidas que eu estarei posicionado junto com a bancada”.

Perguntado se, hoje, Eunício Oliveira é a favor do impeachment de Dilma Rousseff, ele foi taxativo: “Essa decisão é da bancada não será minha.”(Por Maurício Nogueira, para Agência Política Real. Edição: Genesio Araújo Jr.)

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