Há algo de estranho na ferrovia Transnordestina. A obra já recebeu R$ 6,1 bilhões de recursos do Banco do Nordeste (BNB) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), embora relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) apresentem ressalvas ao projeto.
Na última quarta-feira, durante audiência na comissão externa na Câmara dos Deputados, parlamentares externaram o incômodo com esses processos. Os bancos, por sua vez, informaram as cifras aplicadas e o que cabia na análise financeira.
Pelos cálculos do Governo Federal, a obra terminará em 2018 e está com 51% da sua evolução física, devendo representar um investimento total de R$ 11,2 bilhões. Na visão de parlamentares, entretanto, há um descompasso entre os relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e o posicionamento dos bancos.
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), em entrevista à coluna, destacou que há 11 relatórios do TCU com ressalvas de irregularidades à Transnordestina e nenhum foi cumprido. Mesmo assim, as instituições financeiras liberaram recursos e analisam a possibilidade de novos repasses.
O parlamentar diz que os dois bancos financiadores do projeto afirmaram desconhecer as irregularidades apontadas pelo TCU. Esse tipo de avaliação, segundos os esclarecimentos prestados à comissão, caberia à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Essas entidades serão agora chamadas para mostrar como está sendo feita essa avaliação. A Transnordestina representa a criação de um corredor logístico importante para a região, cortando 111 municípios, ligando cidades do Piauí, Ceará e Pernambuco.
FERROVIA
O TREM DA DISCÓRDIA
A comissão externa da Câmara dos Deputados questiona ainda o custo final do projeto e os trechos por onde a linha de trem passará. O deputado Raimundo Gomes de Matos destaca que há problemas com desapropriações de prédios, gargalos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e em compensações para o desenvolvimento urbano municipal.
Representantes dos bancos que participaram da audiência afirmaram que a Transnordestina é o único projeto de ferrovia para transporte de cargas na região. Por essa razão, apresenta grande importância para o Nordeste. Salientaram que qualquer projeto dessa dimensão passa por atrasos e dificuldades.NEILA FONTENEL/OPOVO
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), em entrevista à coluna, destacou que há 11 relatórios do TCU com ressalvas de irregularidades à Transnordestina e nenhum foi cumprido. Mesmo assim, as instituições financeiras liberaram recursos e analisam a possibilidade de novos repasses.
O parlamentar diz que os dois bancos financiadores do projeto afirmaram desconhecer as irregularidades apontadas pelo TCU. Esse tipo de avaliação, segundos os esclarecimentos prestados à comissão, caberia à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Essas entidades serão agora chamadas para mostrar como está sendo feita essa avaliação. A Transnordestina representa a criação de um corredor logístico importante para a região, cortando 111 municípios, ligando cidades do Piauí, Ceará e Pernambuco.
FERROVIA
O TREM DA DISCÓRDIA
A comissão externa da Câmara dos Deputados questiona ainda o custo final do projeto e os trechos por onde a linha de trem passará. O deputado Raimundo Gomes de Matos destaca que há problemas com desapropriações de prédios, gargalos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e em compensações para o desenvolvimento urbano municipal.
Representantes dos bancos que participaram da audiência afirmaram que a Transnordestina é o único projeto de ferrovia para transporte de cargas na região. Por essa razão, apresenta grande importância para o Nordeste. Salientaram que qualquer projeto dessa dimensão passa por atrasos e dificuldades.NEILA FONTENEL/OPOVO
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