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domingo, 15 de novembro de 2015

FRANÇA; O MUNDO IMPOTENTE DIANTE DO TERROR

Por ipuemfoco   Postado  domingo, novembro 15, 2015   Sem Comentários



O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste sábado a carnificina sem precedentes ocorrida em Paris e qualificada de “ato de guerra” pelo presidente François Hollande, que provocou um grande choque em um país já atingido por atentados jihadistas há 10 meses.


“A França será implacável”, assegurou Hollande, indicando que “todas as medidas para assegurar a segurança dos cidadãos serão tomadas como parte do estado de emergência” decretado na noite da sexta-feira, 13.




O terror não foi uma surpresa. Seja pelo grande número de jihadistas que retornam da Síria ou com base no monitoramento da Al-Qaeda ou do Estado Islâmico, a polícia e os serviços secretos franceses já esperavam um ataque terrorista em escala sem precedentes.


Os novos meios mobilizados - de recursos humanos e equipamentos - para a luta contra o terrorismo, na sequência dos ataques contra a revista satírica Charlie Hebdo e o mercado kosher que mataram 17 pessoas em janeiro, a mobilização do exército e a adoção de uma Lei de Inteligência não foram suficientes para impedi-lo.

Apesar da grande envergadura, a operação conseguiu ser montada sem chamar a atenção.

Impotência

“Não há nada a fazer”, disse no sábado Alain Chouet, ex-chefe de inteligência estrangeira. “Você não consegue impedir que oito rapazes determinados, treinados no Exterior, que retornaram ou que já estavam aqui e motivados a partir da Síria, atuem”.

“Os atiradores de sexta-feira são certamente pessoas que já se conheciam, que foram treinados para não atrair a atenção, para se manter fora do radar, avançar sozinhos e atacar juntos”, acrescentou Chouet. 

Ele não acredita que seja possível reprimir movimentos do tipo. “Você pode abrir um Guantanamo francês no Larzac (zona rural do sul do país) e prender os milhares de indivíduos que retornam da Síria, mas ainda assim você nunca vai conseguir impedir oito caras de pegar em armas”.

Os suicidas estavam todos equipados com cintos ou coletes explosivos, que acionaram para cometer seus ataques ou quando estavam prestes a ser mortos pela polícia. Um sinal de que esta rede jihadista possui um artífice capaz de fabricar tais equipamentos, o que não está ao alcance de qualquer um conectado à Internet.

“Isso é novo”, acrescenta Alain Chouet, “e é certamente um dos eixos do inquérito. O especialista em explosivos é muito precioso, ele nunca participa nos ataques. Então ele está aí fora, em algum lugar...”

O comunicado do EI, publicado em árabe e francês, informou: “Oito irmãos usando cintos explosivos e armados com fuzis atacaram ocais cuidadosamente escolhidos, no coração de Paris”.

Pouco antes, o presidente francês acusou a organização de estar por trás da série de ataques. “O que aconteceu ontem (sexta) foi um ato de guerra (...) que foi cometido pelo Daesh (acrônimo em árabe de EI). Ele foi preparado, organizado, planejado no exterior, com cúmplices internos que a investigação deverá estabelecer”, disse Hollande.

Até o fechamento da edição, o balanço apontava ao menos 128 mortos e 300 feridos. Pelo menos dois terroristas conseguiram fugir, de acordo com fontes policiais. Oito foram mortos e outros sete morreram ao causar as explosões. (Da AFP)

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