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domingo, 4 de outubro de 2015

ELEIÇÕES MUNICIPAIS; A RADIOGRAFIA EMBAÇADA DE 2016

Por ipuemfoco   Postado  domingo, outubro 04, 2015   Sem Comentários

É da natureza dos políticos não expressar em público avaliações sinceras acerca de aliados.
Sobretudo no que diz respeito a uma gestão que estará sendo colocada a prova nas eleições de 2016. Por isso, não deixa de ser surpreendente a declaração do ex-governador Cid Gomes a respeito do prefeito Roberto Cláudio (PDT).

Provocado a avaliar a sucessão de 2016, em Fortaleza, Cid proferiu o seguinte raciocínio: “Eu penso que, estrategicamente, o grande desafio para a candidatura do (prefeito) Roberto Cláudio, para a sua reeleição, é se colocar no segundo turno”. A declaração abre o flanco para diversas leituras de todos os gostos.

Para uns, a fala fragiliza Roberto Cláudio. Afinal, trata-se da admissão pública de que o prefeito terá que fazer muito esforço (o citado “desafio”) para chegar ao segundo turno. Portanto, como chegar ao segundo turno é o “desafio” a ser alcançado, significa que a popularidade da gestão municipal é hoje sofrível.

Contudo, jamais se deve esquecer: Cid Gomes é um profissional da política. Não é do tipo que se entrega a devaneios descompromissados, por mais que seu corpo e alma estejam desintoxicados pela temporada fora do poder. A fala do ex-governador é muito mais um chamamento para deixar a base em estado de alerta do que um vaticínio pessimista.

Cid e todos os possíveis concorrentes de Roberto Cláudio sabem muito bem que só um desastre pode tirar o prefeito do segundo turno. Um desastre ou uma conjunção de fatores políticos. Entre os quais, uma disputa com poucos candidatos todos eles muito fortes e o PT, claro, com candidato próprio sugando-lhe apoios e tempo na TV.

Mas, para dizer o que disse, Cid tem pesquisas de opinião em mãos. É provável que as tabelas não sejam as mais favoráveis para RC. Se for assim, a candidatura do prefeito terá que cumprir algumas tarefas de gincana. A mais relevante: manter o PT em seu palanque. O PMDB já não terá.

Pelas declarações de Cid Gomes, nota-se que a aposta é que o prefeito terá a companhia do PT. Tanto que, nos cenários tratados, abordou hipóteses com a concorrência de Heitor Férrer e Capitão Wagner, mas sem o PT. Aliás, sendo este o quadro, Cid fez uma avaliação perfeita (trato disso no próximo tópico).

ALCANCES LIMITADOS

Ultrapassado o desafio de chegar ao segundo turno, sem um petista (Luizianne Lins ou Elmano Freitas) e sem um candidato viável do PMDB na disputa, RC encontraria (em tese) o deputado Heitor Férrer ou o deputado Capitão Wagner como concorrente da nova etapa. Para Cid Gomes, o prefeito “tende a ganhar, seja com quem for”.

Cid explica o motivo. Em caso de enfrentamento com Heitor, o deputado perderia porque “é bom na Aldeota, não tem penetração entre os pobres”. Em disputa direta com Wagner (PR), a situação seria o inverso. “Os ricos, classe média de Fortaleza jamais votarão nele” (O POVO).

Cid Gomes está correto? A princípio, sim. No fim das contas, o ex-governador deu uma consultoria gratuita aos dois deputados. Eles precisam ampliar seus apoios se quiserem ter mais e melhores chances de chegar ao Executivo. Querido da classe média, Heitor precisa montar uma agenda na periferia. Visto com reservas pela classe média, Wagner precisa aprender a falar para esse público.

Ao ser visto como um candidato ligado à corporação dos militares, com discurso e pautas praticamente centradas na insegurança, o Capitão encurta significativamente sua envergadura política e, consequentemente, eleitoral.O POVO

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