Novas sentenças no âmbito da Operação Lava Jato reforçam o sentido histórico dos acontecimentos.
Ontem, a Justiça Federal condenou a cúpula da OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão.
Ontem, a Justiça Federal condenou a cúpula da OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão.
Outros quatro executivos da OAS também foram condenados: Agenor Medeiros (16 anos e quatro meses), Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghirolli pegaram 11 anos de reclusão, enquanto Fernando Stremel foi condenado a quatro anos de reclusão. Com sede na Bahia, a OAS é uma das maiores empreiteiras do País.
Numa sentença de 137 páginas, o juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, detalha o rol de crimes cometidos pelos executivos. Nenhum deles estava incluído no regime da colaboração premiada. Portanto, vão começar a cumprir a sentença em regime fechado, mas possuem direito a recurso. Apenas o réu Fernando Stremel cumprirá em regime aberto.
Foi a segunda sentença definida contra executivos das empreiteiras investigadas na Lava Jato. No dia 20 de julho passado, a Justiça Federal já havia condenado a cúpula da empresa Camargo Corrêa. As decisões indicam que novas sentenças condenatórias devem alcançar dirigentes das outras empresas envolvidas, incluindo a Odebrecht, a maior do setor.
Chama a atenção a velocidade dos acontecimentos, fato incomum no Judiciário brasileiro. A operação Lava Jato teve início há pouco mais de um ano. Tão incomum quanto a celeridade é o fato de a condenação atingir personagens da elite econômica brasileira flagrados em relacionamentos
promíscuos com políticos e com o setor público.
A expectativa é que as sentenças estabeleçam um divisor de águas na história do Brasil. Não se trata apenas de preservar as finanças públicas. Note-se que a corrupção desvendada possui íntima relação com as campanhas eleitorais. Parte das propinas foi dirigida para caixas de campanhas políticas, fato que obviamente caracteriza a ilegitimidade de mandatos parlamentares e executivos.O POVO
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