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quarta-feira, 1 de julho de 2015

''FAZIA PARTE DE UM LOBBY ESTAR BEM COM O PT",DIZ DELATOR SOBRE DOAÇÕES

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, julho 01, 2015   Sem Comentários


Um dos delatores da Lava Jato, Júlio Camargo, que atuava como representante da construtora Toyo Setal, afirmou que fazia parte de um “lobby” estar bem com o Partido
dos Trabalhadores (PT). A declaração foi feita em depoimento ao Ministério Público Federal realizado na terça-feira (30) e divulgado nesta quarta-feira (1º).

Camargo prestou depoimento como testemunha de acusação em um dos processos movidos pelo Ministério Público Federal contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o tesoureiro afastado do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto. Eles e o executivo do grupo Setal Augusto Mendonça Neto são acusados por 24 atos de lavagem de dinheiro, que totalizam R$ 2,3 milhões.

“Evidentemente o PT era e é o partido do governo e o partido que nomeava seus diretores na Petrobras. Ou, então, quando eram indicados por outros partidos, o PT ou a presidente da República tinha que aprovar esses nomes. Evidentemente fazia parte de um lobby você estar bem com o partido”, afirmou Júlio Camargo, ao explicar doações feitas ao PT.

O G1 entrou em contato com o PT para saber a posição do partido sobre as declarações, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Camargo disse que Vaccari não citou contratos com a Petrobras ao pedir doações. O delator disse que as conversas que teve com o ex-tesoureiro tratavam-se de “choro de tesoureiro de partido pedindo recurso para campanha.”

O empresário afirmou que já conhecia Vaccari e que não sabia se foi Duque que indicou que o tesoureiro o procurasse. “Sei que Vaccari me procurou nos anos de 2008, 2010, 2012, dizendo que precisava de doações, que, evidentemente, como todo partido, precisa de doações e [perguntou] se eu podia cooperar. Evidentemente era interesse meu, que obtinha sucesso com os contratos, de estar favorável ao poder”, afirmou.

Propina

Camargo afirmou que, nos contratos dos quais participou, havia uma indicação de pagamento de propina de 1% do valor do contrato para a área de abastecimento da Petrobras, chefiada por Paulo Roberto Costa, e outro 1% para a área de Serviços, do diretor Renato Duque.

Ele afirmou que o valor era pago por meio de depósitos em conta no exterior e que os pagamentos ocorriam depois da assinatura do contrato. O delator afirmou também que nunca foi vítima de “chantagem ou ameaça” para pagar as propinas.

Questionado sobre a relação entre Duque e Vaccari, Camargo afirmou que era “amistosa”, mas disse que não saberia dar mais detalhes.

Camargo afirmou que não conheceu Duque antes de ele se tornar diretor da estatal, mas disse que sabia da trajetória do ex-diretor na estatal. “[Duque] era conhecido na parte de perfuração como um dos bons técnicos da Petrobras”, afirmou Camargo
.G1

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