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segunda-feira, 25 de maio de 2015

BANCADA CEARENSE REDUZ APOIO À PRESIDENTE DILMA

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, maio 25, 2015   Sem Comentários


As votações deste ano têm revelado que até parlamentares da base aliada estão votando contra o Governo.
Se a presidente Dilma Rousseff tem sofrido para garantir apoio na Câmara Federal em votações de interesse do Palácio do Planalto, os deputados federais que formam a bancada cearense têm contribuído para agravar o cenário. 

Na comparação com as três legislaturas anteriores, a composição atual neste início de mandato bateu recordes de falta de sintonia com o Governo Federal. Em 77 votações realizadas, 11 parlamentares obedeceram à orientação governista em menos de 80% das vezes.

Além dos membros de partidos que estão na oposição à gestão da presidente Dilma Rousseff, os representantes de legendas aliadas do Governo Federal que integram a bancada cearense, como PRB, PDT e PMDB, também têm contribuído para a criação de maiores obstáculos às votações na Câmara Federal de interesse do Palácio do Planalto. O cenário protagonizado pelos parlamentares do Ceará é um reflexo da realidade vivenciada no Congresso Nacional.

Após 77 votações, estão entre os deputados da bancada cearense com taxa de governismo inferior a 80% Cabo Sabino (PR), Luizianne Lins (PT), Adail Carneiro (PHS), Ronaldo Martins (PRB), André Figueiredo (PDT), Danilo Forte (PMDB), Vitor Valim (PMDB), Moses Rodrigues (PPS), Genecias Noronha (SD), Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Moroni Torgan (DEM).

No fim do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, após 296 votações realizadas ao longo de quatro anos, a bancada cearense mostrou uma alta taxa de fidelidade ao Governo Federal. Dos 22 parlamentares do Ceará, só cinco encerraram o mandato com taxa de governismo inferior 80%, Arnon Bezerra (PTB), Gorete Pereira (PR), Manoel Salviano (PSD), Genecias Noronha (SD) e Raimundo Gomes de Matos (PSDB).

Rejeição

No segundo mandato do ex-presidente Lula, entre 2007 e 2011, a taxa de apoio da bancada cearense ao Governo Federal foi ainda maior. Ao fim dos quatro anos, depois de 488 votações, apenas dois parlamentares terminaram o mandato com rejeição significativa ao Palácio do Planalto. 

Além do deputado Raimundo Gomes de Matos, que votou contra a gestão em 247 oportunidades naquele período, o ex-deputado federal Manoel Salviano ainda era membro do PSDB e chegou a votar 107 vezes contra.

O número de parlamentares do Ceará com taxa de adesão ao Governo inferior a 80% neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff supera até a quantidade registrada nos primeiros quatro anos do ex-presidente Lula à frente do Palácio do Planalto, entre 2003 e 2006, quando a bancada cearense era composta por até cinco deputados federais do PSDB, Raimundo Gomes de Matos, Vicente Arruda, Manoel Salviano, Léo Alcântara e Marcelo Teixeira.

No início da legislatura atual, a bancada cearense tem a deputada Luizianne Lins, que no PT é a parlamentar com a penúltima menor taxa de governismo, ficando à frente apenas do mineiro Weliton Prado. 

A ex-prefeita de Fortaleza votou contra a orientação do Governo Federal apenas quatro vezes, mas registrou abstenção em outras 13 matérias de interesse do Palácio do Planalto. A petista se absteve de votar a Medida Provisória 665, matéria do ajuste fiscal, que restringe o acesso ao seguro desemprego e ao abono salarial.

Ministério

Já Ronaldo Martins, apesar de o PRB estar no Governo Federal chefiando o Ministério dos Esportes, concedeu só 68% dos votos às matérias de interesse do Planalto. Ele votou contra a orientação governista em 20 oportunidades. Outro deputado que integra partido com cargos na gestão e não tem dado total apoio à presidente Dilma Rousseff é André Figueiredo, que é presidente estadual do PDT.

André Figueiredo está na Câmara Federal já no terceiro mandato e, ao longo de três legislaturas, o pedetista assumiu comportamentos diversos. Na primeira gestão de Lula, encerrou o mandato tendo dado apoio apenas a 55% das matérias de interesse do Governo Federal. Já nos primeiros quatro anos da presidente Dilma Rousseff, acompanhou a orientação governista em 81% das vezes. Neste ano, porém, votou com o Palácio do Planalto em somente 62% das votações.

Danilo Forte e Vitor Valim decidiram acompanhar parte da bancada do PMDB que exerce postura mais dura diante do Governo Federal. Em 77 votações, Danilo Forte deixou de acompanhar a orientação governista em 29 ocasiões, enquanto Vitor Valim votou contra o desejo do Palácio do Planalto em 41 matérias.Alan Barros/DN

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