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domingo, 1 de fevereiro de 2015

POLÍTICA; OS DOIS TIPOS DE PROMESSA

Por ipuemfoco   Postado  domingo, fevereiro 01, 2015   Sem Comentários

Fazer promessas e não cumpri-las tornou-se norma no modo brasileiro de fazer política.
 
As que menos contam são aquelas destinadas ao cidadão votante, que tem todas as atenções voltadas para ele em períodos eleitorais. O outro tipo de promessa é a que os políticos fazem interna corporis, no âmbito da própria corporação, ainda que à custa do dinheiro público.

No primeiro caso, podemos lembrar as reiteradas promessas de diversos governos federais em dotar o Ceará de uma refinaria. As mais recentes juras partiram do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora e atual presidente, Dilma Rousseff (ambos do PT), e de toda uma plêiade de políticos aliados que garantiam a construção do empreendimento, enquanto angariavam simpatia e votos.

De repente, rompeu-se ao liame construído por décadas e o “sonho da refinaria” terminou em uma nota da Petrobras informando que desistira do empreendimento, no qual o governo estadual já gastara mais de R$ 600 milhões, sem contar o que foi despendido pela União.

Neste rol de promessas que ficam esquecidas é bem provável que entrarão muitas das ações pactuadas pelo prefeito Roberto Cláudio (Pros), a se levar em conta o levantamento publicado na edição de sexta-feira deste jornal, em reportagem assinada pelo repórter Carlos Mazza. 

Segundo dados coletados pelo jornalista, dos 68 empreendimentos prometidos pelo prefeito durante a campanha, 18 foram postos em prática – dois anos depois de sua posse -, representando 26% do total. A lógica diz que os dois anos restantes serão insuficientes para concluir os mais de 70% faltantes, o que seria necessário saldar os compromissos.

No segundo caso existem promessas com grande possibilidade de serem concretizadas, ainda que beneficiem número reduzido de pessoas. Na disputa de votos de parlamentares pela presidência da Câmara dos Deputados, eleição que será realizada hoje, os dois principais concorrentes, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) prometem construir mais um anexo para melhor acomodar os deputados, o que deverá custar R$ 425 milhões aos cofres públicos.

São procedimentos assim que estão levando, cada vez mais, os políticos e a política ao descrédito. E esse caminho, os homens públicos deveriam saber, é perigoso, pois leva à desqualificação da democracia, o que pode abrir caminho para aventureiros de todo tipo, que estão sempre à espreita.
(O POVO / Editorial)

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