a audiência com os professores da Uece, pondo fim a uma greve que durava 112 dias, as conversas com todos os deputados estaduais, incluindo a oposição - a exceção foi o deputado eleito pelo PSOL, Renato Roseno, que não aceitou o convite - e a mudança na abordagem dos problemas da segurança publica, com a implantação do "Ceará Pacífico", programa que tem o objetivo de planejar a segurança do Estado com base na integração de experiências nacionais exitosas.
"O Ceará Pacífico vai envolver todas as entidades da sociedade civil, Tribunal de Justiça, Ministério Público e vamos apresentar, nos próximos 60 dias, o plano global do Ceará envolvendo ações focadas nos locais mais críticos do estado", afirmou Camilo Santana.
Durante toda a campanha eleitoral, o atual governador fez questão de destacar que seu governo seria de continuidade, preservando o que estava dando certo, mas mudando o que não funcionou. O que parecia um mantra tem se revelado efetivo.
O estilo mudou muito. Camilo Santana tem apresentado uma condução política bem diferente do governador anterior, pessoalmente conversando muito e ouvindo muito, apesar das urgências de um início de governo. E o mais importante é que parece dar realmente ouvidos ao que ouve e não se mostra muito suscetível às pressões.
Durante toda a campanha eleitoral, o atual governador fez questão de destacar que seu governo seria de continuidade, preservando o que estava dando certo, mas mudando o que não funcionou. O que parecia um mantra tem se revelado efetivo.
O estilo mudou muito. Camilo Santana tem apresentado uma condução política bem diferente do governador anterior, pessoalmente conversando muito e ouvindo muito, apesar das urgências de um início de governo. E o mais importante é que parece dar realmente ouvidos ao que ouve e não se mostra muito suscetível às pressões.
Está sendo assim na nomeação dos cargos de confiança do seu governo. Apesar de todas as pressões, naturais em épocas de transição, Camilo só anunciou o primeiro escalão às vésperas da posse e até agora não indicou o segundo escalão. Questionado por um jornal local sobre isso, calmamente argumentou: "E qual a pressa"? Esse parece ser o estilo Camilo Santana de governar.
Camilo Santana foi indicado candidato ao governo nos últimos segundos do segundo tempo, em um movimento considerado inusitado, bem no estilo Cid de conduzir a política: o ex-governador Cid Gomes tinha quatro candidatos do seu partido (Pros) e indicou um candidato do PT, na última hora, surpreendendo até mesmo o Partido dos Trabalhadores, que pleiteava vaga ao Senado.
Considerado um petista cidista, a candidatura de Camilo não unificou o PT e muito menos a base dos Ferreira Gomes, distribuída em vários partidos. Eleito, Camilo sabe que tem de consolidar apoios e dar a sua marca, imprimir o seu estilo e demonstrar personalidade própria, inclusive conquistando a confiança de petistas desconfiados, para ter nas bancadas parlamentares do partido (estadual e federal) defensores do seu governo.
Não fará isso sozinho. A orientação para todos os auxiliares é também conversar muito. O Secretário de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda, já recebeu os professores da Uece para encaminhar conjuntamente a solução dos problemas da maior universidade estadual.
O Secretário de Segurança, Delci Teixeira, recebeu o líder da PM, Capitão Wagner, para receber sugestões à política de segurança pública. O Secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno, assumiu afirmando querer a participação da sociedade na regulamentação do Parque do Cocó, um dos gargalos do governo anterior.
Ainda há muito tempo, são pelo menos quatro anos de governo, mas como começo, as perspectivas são alvissareiras. Se continuar dialogando, base da boa política, Camilo pode surpreender ainda mais.FÁTIMA BANDEIRA/247
Camilo Santana foi indicado candidato ao governo nos últimos segundos do segundo tempo, em um movimento considerado inusitado, bem no estilo Cid de conduzir a política: o ex-governador Cid Gomes tinha quatro candidatos do seu partido (Pros) e indicou um candidato do PT, na última hora, surpreendendo até mesmo o Partido dos Trabalhadores, que pleiteava vaga ao Senado.
Considerado um petista cidista, a candidatura de Camilo não unificou o PT e muito menos a base dos Ferreira Gomes, distribuída em vários partidos. Eleito, Camilo sabe que tem de consolidar apoios e dar a sua marca, imprimir o seu estilo e demonstrar personalidade própria, inclusive conquistando a confiança de petistas desconfiados, para ter nas bancadas parlamentares do partido (estadual e federal) defensores do seu governo.
Não fará isso sozinho. A orientação para todos os auxiliares é também conversar muito. O Secretário de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda, já recebeu os professores da Uece para encaminhar conjuntamente a solução dos problemas da maior universidade estadual.
O Secretário de Segurança, Delci Teixeira, recebeu o líder da PM, Capitão Wagner, para receber sugestões à política de segurança pública. O Secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno, assumiu afirmando querer a participação da sociedade na regulamentação do Parque do Cocó, um dos gargalos do governo anterior.
Ainda há muito tempo, são pelo menos quatro anos de governo, mas como começo, as perspectivas são alvissareiras. Se continuar dialogando, base da boa política, Camilo pode surpreender ainda mais.FÁTIMA BANDEIRA/247
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