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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

FEIRA IRREGULAR; 378 POLICIAIS IMPEDE REALIZAÇÃO

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, janeiro 22, 2015   Sem Comentários

Uma operação promovida pela Prefeitura de Fortaleza para impedir a ocupação irregular da avenida Alberto Nepomuceno por ambulantes da Feira da Sé, movimentou o Centro e dividiu opiniões durante a tarde e a noite de ontem, 21. 

O primeiro dia de uma operação que, segundo a Prefeitura, deve ser de “médio prazo”, envolveu forte aparato de segurança: 200 policiais militares (da Cavalaria, da Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas e do Batalhão de Choque), 160 guardas municipais e 18 agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), um total de 378 homens.

Por causa do forte policiamento no local, os feirantes, que, de acordo com eles, teriam sido avisados da proibição ainda em dezembro, estavam tensos e alguns temiam embates com a Polícia. Mas, até o fechamento desta página, não houve confrontos.

Conforme explicou a Prefeitura, por meio de sua assessoria, a operação faz cumprir uma ordem judicial de 2012, que determina o ordenamento do local e a proibição da feira na Alberto Nepomuceno, que corriqueiramente é apontada como responsável por tornar a via intransitável. 

A ação deve seguir com o mesmo contingente policial por cerca de 30 dias, sempre de quarta para quinta-feira e de sábado para domingo, dias da feira. Depois, deve seguir com menos policiamento até “que as pessoas se habituem a não utilizar o espaço”.

Rebatendo um argumento mento de que a Feira da Sé atrapalha o trânsito, bloqueando a via, o feirante José Silva afirmava que, “se ir e vir é um direito constitucional, trabalhar também é”. “A ação da Prefeitura está correta pela metade. Está correta por querer organizar a Cidade e garantir o direito de ir vir, mas não está correta por não ter dialogado com a gente. Aqui são todos pais de família que tiram daqui o sustento”, pondera.

A feira na rua José Avelino e na travessa Icó segue permitida, mas tem de se limitar aos seguintes horários: das 9 horas da quarta até as 8 horas de quinta-feira e das 19 horas de sábado até as 11 horas de domingo. O horário, no entanto, segundo o feirante Raimundo Notato, 49, faz com que os feirantes percam cerca de 30% do faturamento. 

“São horas que a gente perde. Hoje, 14 horas, teve gente que, como de costume, começou a montar as suas barracas. Mas os policiais levaram as barracas. Só podia montar às 19 horas”.

Se seu Raimundo perdeu parte do lucro da venda dos shorts masculinos, os feirantes que não têm espaço na José Avelino, reclamavam que perderam todas as vendas. 

“O único dinheiro que eu tenho sai daqui, não sei como vai ser se não puder mais”, lamentava Leidiane Ribeiro, 26. Já Lucilene Medeiros, 44, se apertou na José Avelino e conseguiu vender suas mercadorias. “A gente sabe que é ilegal estar ali, mas se não for na Alberto Nepomuceno, a gente vai pra onde?”, questiona.


Por meio da assessoria, a Prefeitura informou que dará mais esclarecimentos sobre a operação quando ela terminar, ao meio-dia de hoje.

A operação de ontem é mais um capítulo nas tentativas de remoção dos feirantes da Sé - que já ocuparam diversos espaços no Centro -, que se prolonga desde 2008, quando policias, cumprindo determinação judicial, e feirantes entraram em embate. Operações de fiscalização e tentativas de remoção têm sido feitas desde então e pelo menos três não terminaram de forma pacífica.

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