Empresas como a Petrobras, Unilever, Rhodia e Ypê, além de outras 23, numa soma de 27, foram orientadas ontem no Estado de São Paulo pelo Consórcio das Bacias dos Rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) a captar e armazenar toda a água de chuvas antes do período oficial de estiagem, que começa em abril.
A regra foi anunciada um dia após o governador do estado, Geraldo Alckmin, admitir rodízio de água três dias por semana na Grande São Paulo, em virtude do colapso iminente do sistema de represas que abastecem a região.
A recomendação também foi para 43 municípios da região. A iniciativa considera a escassez de água até o fim de março nos seis reservatórios que formam o Sistema Cantareira, principal abastecedor hídrico na Grande São Paulo. Ao todo, 27 empresas são associadas ao consórcio, fundado em 1989 com o objetivo de preservar os rios e afluentes das bacias da região.
Elas respondem juntas por 90% do consumo industrial de água na zona. O armazenamento pode ser por meio de represas, bacias de contenção ou qualquer tipo de reservatório. Segundo os técnicos do consórcio, falta legislação sobre o uso da água de chuva. Portanto, a medida está sem impedimento.
“Cada gota de chuva, até março, que é o período chuvoso, precisa ser armazenada. Isso porque, depois de março, pode ser que a situação hídrica da região piore”, afirmou Andréia Borges, técnica do Consórcio das Bacias dos Rios PCJ.
A Petrobras e a Rhodia, por exemplo, captam água para uso industrial dos rios Jaguari e Atibaia, respectivamente. Os cursos fluviais integram a bacia do rio Piracicaba e tiveram a vazão reduzida devido à seca que atinge o Sudeste do País.agências
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