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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PMDB; DILMA E TEMER AVANÇAM NA ESCOLHA DOS MINISTROS

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, dezembro 23, 2014   Sem Comentários

Pacificar o PMDB e preparar a base para os dias que virão. Tendo esta como uma de suas prioridades antes da posse no dia primeiro, a presidente Dilma teve um encontro com vice-presidente Michel Temer no final do domingo, no qual acertaram quase tudo sobre a participação do PMDB no novo governo. 

Ficou faltando definir, em novo encontro hoje à noite, as pastas que serão ocupadas por Eliseu Padilha e Henrique Eduardo Alves e por um representante da bancada do Senado.

Sim, a presidente não recuou do compromisso anterior de nomear Henrique Alves, apesar das notícias de que ele seria um dos 28 citados pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa numa lista de políticos beneficiados pelo esquema Petrobrás. 

Como a denúncia do Ministério Público só acontecerá em fevereiro e não há informações detalhadas sobre as acusações feitas por Costa, Dilma e Temer entenderam que o veto ao presidente da Câmara corresponderia a uma inculpação sem provas.

As pastas e nomes já definidos são Katia Abreu na Agricultura, o que já era de amplo conhecimento, Moreira Franco na SAC, que já ocupa e o senador Eduardo Braga nas Minas e Energia. Um sexto ministro, para pasta ainda indefinida, será indicado pela bancada do Senado, vale dizer, pelo grupo do senador Renan Calheiros, que tem hoje na Esplanada o ministro do Turismo, Vinicius Lage.

Estará o PMDB satisfeito com este arranjo? Depende das pastas que forem acertadas no encontro de hoje. Um prócer do partido me pergunta: “Você conhece alguém notável no PSD além de Gilberto Kassab e Guilherme Afif Domingues?” Com a pergunta o peemedebista diz a seguir que seria difícil para o PMDB aceitar que o PSD, bem menor em expressão política e tamanho da bancada, ganhe a pasta de Cidades (cobiçada também pelo PT) e ainda mantenha Afif na secretaria da pequena empresa, que tem status de ministério.

Mas quando Dilma começa os acertos pelo PMDB, denota a compreensão de que esta é a prioridade dentro da coalizão. O PMDB tem o vice, a segunda maior bancada na Câmara, a maior no Senado e a presidência da Casa. Depois, tratará de acertar-se com o PT, o PP, o PSD e o PC do B.

Os tempos que vêm aí serão difíceis para o governo, talvez mais na frente política que na econômica, onde a nova equipe já foi assimilada e sua rota de trabalho já é conhecida em linhas gerais. Na política, as denúncias da Operação Lava Jato prometem uma crise aguda no Congresso. A base deverá estar coesa para tentar evitar uma segunda CPI pedida pela oposição, de viés eminentemente político. 

Devassando as relações entre políticos e o esquema de propinas, a eventual CPI tentará novamente apontar responsabilidades de Dilma e Lula pelas nomeações dos diretores envolvidos e pelos desvios ocorridos na Petrobrás no governo de um e de outro.

Pensando no futuro, resolvido o ministério, outra prioridade política do governo Dilma será evitar uma disputa entre o candidato petista Arlindo Chinaglia e o candidato do PMDB, Eduardo Cunha, pela presidência da Câmara. No horizonte, uma composição, mas isso não será tratado antes de meados de janeiro.247

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